O governador Pedro Taques reuniu-se, hoje, por mais de 4 horas, com prefeitos, deputados e secretários estaduais para solucionar a grave crise na saúde pública. Ele anunciou que o governo quitará, até a próxima sexta-feira, o débito de R$ 162 milhões com os hospitais regionais com recursos da Fonte 100, da arrecadação direta do governo estadual. Semana passada foram pagos cerca de R$ 67 milhões. Também foi criada uma comissão para encontrar uma solução a curto prazo e serem destinados mais recursos para a saúde pública.
“Seis deputados, seis prefeitos e a equipe econômica do Estado vão criar uma comissão para buscar a melhor solução e vamos chamar os poderes para que possamos encontrar essa solução. Precisamos buscar recursos a médio e longo prazos. Precisamos de recurso novo. O Brasil está em crise e o governador não tem a chave do dinheiro, não conduz a política monetária da União”, afirmou. O primeira reunião da comissão será dia 12 de junho.
A maior parte dos prefeitos manifestou, ao governador, que é contrária repassar, provisioramente, recursos do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação Popular) para a saúde pois representaria queda nos repasses para as prefeituras e muitas delas estão em dificuldades. "Os prefeitos mostraram resistência, o que também é legitimo. Mas esse problema não será resolvido apenas pelo governador. Será resolvido pelo governador, prefeitos, deputados e pelos poderes (Assembleia, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público)”, disse, admitindo que o governo vai avaliar essa possibilidade. "Vamos ter um grupo de trabalho, com a participação inclusive do setor produtivo", declarou o governador.
Hoje, conforme Só Notícias/Agronotícias informou, as entidades que compõem o Fórum Agro Mato Grosso emitiram nota se manifestando contrárias à possibilidade de aplicação de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para a saúde. “O setor produtivo entende e também vivencia o caos em que se encontra a saúde de Mato Grosso e se solidariza com todos os envolvidos. No entanto, discorda da maneira como o poder público está buscando resolver os problemas desta pasta deixando outros setores descobertos”, cita a nota das entidades.
(Atualizada às 14:44h)