A base governista da presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição, pode estar ensaiando uma aproximação com o pré-candidato ao governo de Mato Grosso pelo PDT, senador Pedro Taques. Na segunda-feira (9), em meio à reunião do bloco de oposição, o senador recebeu um telefonema no ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
A rápida conversa chamou a atenção de aliados de Taques, que são contra uma aproximação com a presidente Dilma devido aos seus partidos terem candidatos à Presidência da República, a exemplo do PSB e PSDB. Ontem, o PDT ratificou na convenção nacional, em Brasília, da qual Taques e Dilma participaram, o apoio à petista. O senador não foi encontrado para comentar sobre a ligação telefônica.
Aliados de Taques acreditam que pode haver uma aproximação entre os dois, com um encontro que deve acontecer nos próximos dias. O senador informou anteriormente que iria esperar a convenção do seu partido que definiria sobre os palanques no estados.
Porém, em cada Estado o apoio vai depender da Executiva Nacional do PDT, que sinaliza em atender as reivindicações, de acordo com a realidade regional. Taques não conversou pessoalmente com a presidente Dilma, durante a convenção, ocorrida ontem. Os problemas de apoio do PDT ficarão nos estados que não têm candidato ao governo. Mas, o senador por Mato Grosso chegou a defender o nome do seu colega de Senado, Cristóvão Buarque, a presidente do país.
Entre os partidos que dão sustentação à presidente Dilma, pelos menos três -PP, SD e o próprio PDT -dão apoio a Taques em Mato Grosso. Pedro também tem o compromisso em defender às pré-candidaturas à Presidência da República do senador Aécio Neves (PSDB) e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).