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Taques e Lúdio polarizam debate em rádio em Cuiabá

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Os dois principais candidatos a governo do Estado, Lúdio Cabral (PT) e Pedro Taques (PDT), polarizaram o debate dentro da programação da Rádio Mix, na manhã desta segunda-feira (15). A troca de farpas entre os concorrentes marcou o encontro que teve também a presença dos candidatos José Roberto (PSOL) e José Marcondes, o Muvuca (PHS).

Muvuca, que teve o registro indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana, pela não prestação de contas nas campanhas passadas, teve o direito de participar por força de uma liminar. A atual candidata Janete Riva (PSD), esposa do ex-candidato José Riva (PSD), não esteve presente, pois não foi homologada pela Justiça Eleitoral para disputar as eleições, o que deve ocorrer em breve.

Após o embate, candidatos comentaram sobre a atuação dos concorrentes nestas eleições. Lúdio voltou a criticar Taques por conta das doações milionárias recebidas pelo pedetista. “A população precisa saber o que os bilionários querem em troca, porque alguns deles são devedores de milhões de ICMS para o Estado. Outro entrou na justiça para não pagar imposto ao Estado. Quem financia R$ 12 milhões à campanha para governador do Estado deve ter alguma razão para isso e isso deve estar esclarecido”.

Questionado sobre uma possível mágoa em relação à família Maggi, uma das principais doadoras de recursos à campanha de Pedro Taques, Lúdio se esquivou e disse que não há rancor algum e que se sente livre para fazer as propostas direcionadas aos mais pequenos. “Eu não tenho mágoa. Eu tenho é felicidade de fazer uma campanha com a liberdade que estou fazendo, com dificuldade financeira, mas podendo olhar nos olhos das pessoas e deixar muito claro quais serão os interesses que vamos representar no governo”.

Em resposta, Taques disse não haver nenhum problema com as doações volumosas, devido ao fato de todas serem todas declaradas. “As nossas doações são todas declaradas. Não vejo nenhum comprometimento disso. A respeito da dependência ou independência, quem é o candidato ‘maria vai com as outras’ não sou eu. Sou um candidato da independência e da imparcialidade, alias eu não faço parte do governo que está aí”, declarou.

Bate boca – Durante o debate, Pedro Taques levantou questões como os mensaleiros do PT, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que são do mesmo partido do concorrente Lúdio Cabral. E acusou o petista de ter participado de campanha para arrecadar dinheiro para pagar as multas dos políticos presos.
“O senhor é apoiado por José Dirceu, que está preso, por Delúbio Soares, que está preso, por João Paulo Cunha, que está preso. Aliás, no seu Facebook, o senhor fez campanha para arrecadar dinheiro para pagar multas desses mensaleiros. E o Pedro Henry não é mais filiado ao PP, não tenho o apoio dele, que está preso. Agora, o senhor faz 'cotinha' pra pagar presidiário”, disse Taques durante a programação.

Em resposta, logo após o debate, Cabral disse que Taques mentiu ao afirmar sobre a campanha e ressaltou que pretende debater sobre a realidade do Estado e não buscar questões nacionais que não fazem parte da proposta de campanha. “Primeiro que eu não participei para arrecadar multa de José Dirceu, do Zé Genoíno. Ele mentiu ao expor isso. Agora, nós temos que debater a realidade do nosso Estado. Não ficar buscando lá na questão nacional estes temas”.

Obras da Copa – Questionados sobre uma possível dispensa de auditoria das obras inacabadas da Copa do Mundo, devido aos apoio dos candidatos, ambos realçaram que está será uma das prioridades no período de transição de poder.

Pedro Taques disparou críticas ao atual governador Silval Barbosa (PMDB), um dos apoiadores de Lúdio Cabral, e disse que nada será levado para de baixo do tapete. “Você pode ter certeza que nós vamos terminar as obras da Copa do Mundo e nenhum lixo será levado para baixo do tapete. Aquele que cometeu crime, e não erros que estão dizendo por aí, será responsabilizado”.

Cabral sustentou o discurso de investigação e disse que pretende fazer um relatório detalhado sobre as obras e deseja apontar os responsáveis. “No período de transição nós vamos fazer relatórios detalhados sobre o andamento e sobre a execução de cada uma das obras que estão sendo realizadas aqui no Estado de Mato Grosso para cobrar responsabilidade. Responsabilidade de agente público que eventualmente tenha cometido erros e para cobrar responsabilidade de empreiteiros que assinam o contrato para realizar a obra com uma determinada qualidade, e em entregam obras com qualidade inferior”.

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