O senador Pedro Taques (PDT) e entidades de classe do setor de engenharia e arquitetura se reúnem, esta tarde, no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) para elaborar um documento cobrando resposta do governador Silval Barbosa (PMDB) sobre projetos da copa do mundo de futebol para a capital. Há três semanas esse grupo esteve reunido com o governador, que se comprometeu a passar informações e marcar uma reunião técnica dentro de três dias, mas até o momento não o fez. No dia 5 passado, Taques e representantes de entidades do setor de engenharia e arquitetura e coordenadorias desses cursos em faculdade do Estado foram recebidos por Silval e questionaram sobre as obras de mobilidade urbana e o governador se comprometeu em, dentro de três dias, marcar uma reunião entre os técnicos do governo e os representantes das instituições.
Conforme ata elaborada por essas entidades e entregue ao governador, as informações fornecidas até o momento pela Secopa são insuficientes para uma análise técnica dos órgãos competentes. O presidente do Crea, Jaurez Samaniego, afirma que não é possível fazer comparativos técnicos sobre as obras que serão realizadas em Cuiabá para a Copa, pois o Conselho não recebeu cronograma físico e financeiro das obras. "Não temos informação, precisamos de planilhas, que estão sendo omitidas", disse o presidente.
O presidente da Associação dos Engenheiros Sanitaristas e Ambientalistas de Mato Grosso (AESA-MT), Jesse Barros, faz questão de ressaltar que essa postura de cobrança é um dever, pois essas instituições têm também o papel fiscalizador e mais tarde serão cobradas. "Se houver falhas técnicas não poderão jogar a responsabilidade para cima dos órgãos fiscalizadores, pois nós estamos fazendo a nossa parte. Vão nos cobrar e vamos responder que sequer fomos atendidos", disse o engenheiro.