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Taques diz que governo não tem prioridade para capital nem interior

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O senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato a governador, voltou a questionar a política de planejamento adotada pelo governo do Estado que acabou deixando desemparadas as cidades do interior. Para ele, o governo parece ter se dividido em dois: “o Estado da copa, em Cuiabá, e o do interior, sem prioridade para nenhum dos dois”. Taques lembrou que a capital foi escolhida como subsede da Copa do Mundo em março de 2009, portanto, cinco anos atrás. No entanto, as obras demoraram a começar. Além disso, o governo fez a opção política de trocar a implantação do BRT (ônibus rápido) pelo VLT (Veículo Leve sobre Trilho), que não ficará pronto para o mundial, conforme já assumido pela próprio executivo estadual.

“Muitos me criticaram quando me posicionei contra a mudança do modal de transporte a ser instalado em Cuiabá, inventaram mentiras sobre mim. Mas o raciocínio era lógico: o VLT vai custar mais que o dobro e, claramente, não vai ficar pronto para a Copa. No entanto, a licitação foi feita por meio do Regime de Contratação Diferenciada, que só poderia ser utilizada para obras da Copa. Governar é escolher prioridades. O VLT, com 22 km, vai custar R$ 1,4 bilhão. Com R$ 1,1 bilhão seria possível duplicar a BR-364 de Rondonópolis a Posto Gil”, comparou o senador.

O senador afirmou que investimentos prometidos para o interior não foram cumpridos. “Infelizmente, essa é a realidade do nosso estado. O interior ficou abandonado em todas as áreas. Prometeram fortalecer os hospitais regionais, mas implantaram as OSS, que não deram certo; prometeram 2.670 km de asfalto ligando os municípios, mas até agora só uma obra foi inaugurada”, disse o senador.

As declarações foram feitas durante audiências públicas realizadas nas cidades de Novo Mundo, Guarantã do Norte, Matupá, Peixoto de Azevedo e Terra Nova. Neste sábado ele ainda passará por Colíder, Nova Canaã do Norte e Itaúba.

O pedetista afirmou que não está fazendo criticas gratuitas, mas sim “repassando a voz da população”. Ele afirmou que nas cidades do interior de Mato Grosso a reclamação é grande. “As demandas que recebo são abrangentes: por estradas asfaltadas, mais hospitais, melhor estrutura física das escolas, mais investimento em segurança pública. A população no interior se sente abandonada”, disse o senador.

Fehab é desviado

O senador também questionou o “desvio de recursos” do Fethab – imposto cobrado no transporte de toda produção agrícola e pecuária e que tem como objetivo financiar o planejamento, execução e acompanhamento dos serviços nos setores de transporte e habitação do estado. No entanto, em função dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá, o governo utiliza parte do fundo para custear as obras.

Para colocar em prática o projeto MT Integrado, que pretende fazer a interligação asfáltica de 44 municípios, o governo fez um empréstimo de R$ 2 bilhões junto ao BNDS. Com o Fethab, Mato Grosso arrecada cerca de R$ 900 mil por ano. “A ligação por asfalto em todos os municípios é muito importante, deve ser feita. Mas o produtor está pagando duas vezes por esse asfalto, no imposto do Fethab e depois também teremos que pagar a conta desse empréstimo”, observou o senador. A informação é da assessoria.

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