O senador mato-grossense Pedro Taques (PDT), que participou hoje, em Cuiabá, de uma reunião técnica sobre a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) disse, que a ferrovia é uma das obras essenciais para resolver o problema de logística de Mato Grosso e que é preciso vontade política do Governo Federal para que ela saia do papel.
"O Governo Federal precisa priorizar essa obra, pois irá beneficiar todo o Brasil, contribuindo com a melhoria da infraestrutura do país, um dos entraves para o nosso crescimento. Vejo o empenho de toda a bancada, os oito deputados e três senadores, além do governo do Estado, para que esse sonho seja concretizado. Temos que ficar atentos às questões políticas regionais e continuar cobrando o governo federal. Temos disparidade de tratamento, pois para o trem bala, ligando Rio de Janeiro e São Paulo, foi aprovado R$ 36 milhões, enquanto isso, temos que ficar justificando a liberação de R$ 8,3 milhões para a ferrovia na região central do Brasil", disse o senador.
A reunião serviu para que as cidades onde a ferrovia irá passar fizessem contribuições no projeto. Por meio da secretaria de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit), foram apresentadas três alternativas de traçado da ferrovia, proposto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com orçamento mínimo de R$ 6,6 bilhões e máximo de R$ 8,3 bilhões. A obra foi inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Com aproximadamente 1.700 quilômetros de extensão, a Fico sairá de Campinorte (GO), cortando todo o Mato Grosso até Vilhena (RO), passando por 20 municípios, numa região com alta produção de grãos e carne. No estado, a ferrovia passará por Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Ubiratã, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Canarana, Água Boa, Nova Nazaré e Cocalinho.
Conforme o secretário da Selit, Francisco Vuolo, o projeto está em fase de tomada de subsídios. Mais três reuniões para sugestões devem ser realizadas. Depois, serão feitas audiências públicas.