O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), defendeu a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) que trata do teto de gastos no Estado, a exemplo do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) proposto pela União. A medida, que prevê congelamento de salários, redução de gastos e ações para estancar a ‘sangria’ da Previdência Estatual, faz parte de exigências feitas pelo Governo Federal e precisa ser aprovada ainda no primeiro trimestre de 2017, pela Assembleia Legislativa.
A declaração foi dada, na manhã desta quinta-feira (22), durante cerimônia de entrega de 75 ambulâncias aos municípios mato-grossenses, no Palácio Paiaguás. O chefe do Executivo explicou que caso não sejam tomadas medidas duras na administração pública, o Estado pode entrar em colapso em menos de três anos. “O Brasil vive a maior crise econômica de sua história. Precisamos cortar gastos e limitar os aumentos das despesas do Estado. É determinação da União Federal. Os 27 governadores fizeram este acordo. Precisamos diminuir os gastos com pessoal nos próximos três anos, porque senão o Estado vai quebrar e não terá condições de pagar os salários”, ponderou.
O governador também argumentou que apesar da crise, o Estado de Mato Grosso está honrando seus compromissos com os servidores. “Aqui em Mato Grosso, diferentemente de outros Estados, como o Rio de Janeiro, que ontem (quarta-feira) suspendeu o parcelamento do salário do mês de novembro e não vai pagar o décimo terceiro, nós pagamos o 13º de 100 mil servidores; o salário de novembro está em dia e pagaremos dezembro em dia. O que mostra que nós estamos no caminho certo. A Lei complementar tem que ser aprovada no primeiro trimestre do ano que vem”, disse.
Segundo Taques, caso a PLC não seja aprovada em Mato Grosso, a União deixará de repassar montas importantes para o Estado, além de bloquear a tomada de empréstimos.