O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou que a minuta de lei que tratará da segunda fase da reforma administrativa só deverá ir para a votação, na Assembleia Legislativa, após as eleições municipais. Segundo o chefe do Executivo, neste momento não haveria as condições ideais para a aprovação do projeto. Isso porque vários parlamentares estão focados nas campanhas eleitorais em todo o Estado.
A reforma que trará “cortes drásticos” no custeio da máquina pública, conforme pontuou o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, deveria entrar em pauta antes de setembro. Mas foi ‘segurada’ para evitar desgastar a imagem do candidato à prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). A possibilidade do uso eleitoreiro por parte da oposição já havia sido prevista pelo novo líder do governo na Assembleia, o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM).
“Se a reforma for votada antes, isso fará com que haja um desgaste desnecessário com as eleições municipais. Isso pode ser usado por algum colega deputado para prejudicar ou reforçar o nome de um ou de outro. Para que tenhamos êxito em sua aprovação, ela precisa ser separada da questão eleitoral”.
Enquanto isso, conforme informou a assessoria de imprensa do governador, nos próximos dias, o Executivo deverá fazer alguns ajustes administrativos por meio de decreto. “A reforma administrativa será feita após eleições. O que pode ser feito por decreto será feita por decreto”, pontuou o governador. A reforma foi anunciada pelo Executivo no mês de julho e prevê a economia de R$ 200 milhões. Entre as medidas estariam demissão de servidores comissionados, fusão de secretarias e congelamento de investimentos.