sábado, 14/dezembro/2024
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Taques cobra planejamento e transparência na execução de obras em MT

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Uma semana após subir à tribuna do Senado para relatar a situação precária das rodovias de Mato Grosso, o senador Pedro Taques (PDT-MT) voltou a cobrar do Governo do Estado planejamento e transparência na execução das obras. O parlamentar citou reportagem de um jornal de Cuiabá que revela contradição na divulgação de dados referentes ao repasse do Fundo Estadual e Transportes e Habitação (Fethab) à Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de 2014.

Conforme a reportagem, em quatro anos, mais de R$ 500 milhões do Fethab foram usados em obras do Mundial. Por outro lado, a Secopa diz que aplicou só um terço deste valor. O Fethab é um fundo destinado a financiar o planejamento, a execução, o acompanhamento e avaliação de obras e serviços de transportes e habitação em todo o território mato-grossense. Ele é arrecadado sobre operações internas envolvendo soja, gado em pé, algodão, madeira e óleo diesel.

“Ou seja, 30% do Fethab está sendo direcionado para as obras da Copa. O cidadão de Confresa, Ribeirãozinho, Alto Araguaia, Barra do Garças e Araguaiana que sofre hoje com buracos, atoleiros, caminhões tombados, pontes em péssima conservação ou debaixo d”agua deve pensar: A região metropolitana deve estar ‘até doce” de obras, como diriam meus conterrâneos cuiabanos. Mas não! Está amargo!”, afirmou Pedro Taques.

Para o pedetista, “toda a nossa gente de Mato Grosso está pedindo ajuda”. Ele relata que, em Cuiabá, existe “um furacão” de obras sem planejamento, sem cronograma e sem preocupação com o cotidiano de quem vive na cidade. Já no interior, diz que não há investimento “na simples conservação” do que já existe.

Segundo Pedro Taques, os gestores públicos não estão conseguindo evitar os prejuízos ao erário. Como consequência, a população convive com outras notícias negativas sobre o mau uso dos recursos. O parlamentar citou a reportagem do portal UOL, dando conta da desistência da construção de um dos Centros de Treinamento para a Copa. Com isso, o Governo teria engavetado indefinidamente um projeto pelo o qual já pagou R$ 275 mil.

Outros casos de foram citados pelo senador como o pagamento de R$ 600 mil para obra do teleférico na Chapada dos Guimarães, que também foi engavetada; o prejuízo de R$ 2,2 milhões no “Caso Land Rover”; e o VLT, atualmente orçado em R$ 1,47 bilhão, que tinha o seu vencedor conhecido pelo menos um mês antes da entrega das propostas dos consórcios concorrentes e da abertura dos envelopes.

“Senhor Governador, é sua a responsabilidade de comandar a execução das obras. Nós, parlamentares, temos que levantar os problemas, buscar os recursos e fiscalizar a sua aplicação”, finalizou Pedro Taques.

Taques já encaminhou ofício ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) pedindo que o órgão forneça apoio técnico ao Governo de Mato Grosso na execução das obras da Copa de 2014. A iniciativa veio após divulgação do relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que aponta atraso em 90% das obras, a 494 dias do primeiro jogo do mundial.

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