O governador Pedro Taques participou, hoje, do Ciclo de Palestra da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL-Cuiabá). Na oportunidade, o chefe do Poder Executivo Estadual, destacou que no momento de crise é necessário trabalhar com prioridade. Destaca que mês a mês, mesmo diante das dificuldades, o governo tem conseguido pagar o salário dos servidores em dia e feito investimentos importantes em setores estratégicos para o crescimento.
Aos empresários, Taques comparou o Estado com uma grande empresa, mas que precisa respeitar algumas peculiaridades. Destacou que com o orçamento de R$ 18 bilhões em 2017, a “maior empresa de Mato Grosso”, paga por mês, cerca de R$ 600 milhões em salário aos servidores. “Não posso atrasar o pagamento porque é uma alta quantia que circula pelo comércio e ajuda a manter nossa economia”.
Taques falou que uma alternativa no ápice da crise foi de cortar gastos, conta que reduziu o número de cargos comissionados para o menor dos últimos anos e fez ajuste na máquina para evitar desperdícios, foram economizados R$ 800 milhões com as medidas. No entanto, as medidas ajudaram, mas ainda não foram suficientes frente aos gastos que o Estado tem. Detalhou que anualmente é preciso pagar mais de R$ 1 bilhão para a União, referente aos empréstimos e renegociações feitas ao longo dos anos, principalmente no período que antecedeu a Copa do Mundo de 2014.
Segundo Taques, para buscar um alívio no caixa, o Governo de Mato Grosso já prepara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar os gastos do Estado à inflação oficial registrada no ano anterior. A medida deve valer por 10 anos. Como contrapartida à adoção da PEC, o Estado deixará de pagar, em um primeiro momento, as dívidas com a União e terá o saldo renegociado, como prevê a Lei Complementar 156/2016, que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal.
No encontro com os empresários, o governador lembrou que pediu uma economia dos Poderes em 15% para o orçamento de 2017. No entanto, não conseguiu a aprovação da medida na Assembleia Legislativa. Caso a PEC seja aprovada, também valerá para os gastos dos outros Poderes.