O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Waldir Júlio Teis, preso há um mês, em Cuiabá, pela Polícia Federal, flagrado amassando e jogando cheques em uma lixeira. Ele desceu 16 andares pela escada para rasgar e jogar fora folhas de cheque que indicam a autoria de crimes contra a ordem pública e foi denunciado, pelo Ministério Público Federal, por obstrução de Justiça nos desdobramentos das investigações que resultaram a Operação Ararath.
A defesa expôs que o investigado já havia esclarecido a origem dos cheques à PF. Os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil, o que para o ministro Raul Araújo apontam indícios de materialidade e autoria dos crimes investigados. A defesa também apontou que Teis está com 66 anos, tem comorbidades, se encaixando no perfil do grupo de risco na atual situação de pandemia da Covid-19.
Desde que foi preso, por ordem do Superior Tribunal de Justiça, o conselheiro afastado está sob custódia em uma cela no Centro de Custódia de Cuiabá.
Teis é investigado por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. Sua prisão, segundo o ministro Raul Araújo, tem como objetivo a garantia da ordem pública, já que ele tentou anteriormente obstruir as investigações, e também pelo perigo gerado pelo investigado contra a elucidação dos fatos.