Uma crise política se instaurou na relação dos suplentes do senador eleito Pedro Taques (PDT) com as declarações do Policial Rodoviário Federal, José Medeiros (PPS), de que estaria sofrendo ameaças de morte de pessoas ligadas ao empresário Paulo Fiúza (PV) desde que terminou a eleição. As ameaças teriam partido de um advogado diante da resistência em assinar um documento para ser enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) que inverteria a ordem de suplentes. Fiúza passaria a ser o primeiro ao passo que Medeiros ficaria em segundo, dificultando assim os planos de assumir uma vaga no Congresso Nacional numa eventual licença do senador titular. “Recebi o recado de que ou eu assinava ou levaria um tiro na cara. Decidi levar ao conhecimento público porque estou preocupado com a segurança da minha família”, afirmou Medeiros.
Na sexta-feira (3) houve uma reunião no escritório do senador eleito Pedro Taques para Medeiros assinar o documento que corrige uma falha da assessoria jurídica da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você. Inicialmente, ocupava a segunda suplência ao Senado o empresário Zeca Viana que desistiu do projeto para assumir a candidatura de deputado estadual pelo PDT, o que levou a ser substituído por José Medeiros (PPS).
No entanto, em documento encaminhado à Justiça Eleitoral, o socialista figurava como primeiro suplente ao passo que as propagandas eleitorais apresentava o inverso. Após a eleição, tenta-se corrigir o erro para evitar problemas futuros, o que levou a crise na relação dos suplentes. “Estou pasmo com toda essa situação. Não conhecia o José Medeiros pessoalmente antes desta reunião e só lamento este episódio. Participei desta reunião e fui embora antes do final e não presenciei nada disso, é uma denúncia grave que merece ser investigada a fundo”, afirmou Fiúza. Taques informou por sua assessoria que se alguém sentir-se lesado deve recorrer a Justiça.