O radialista Nilson José Santos, 36 anos, viveu nesta quinta-feira uma manhã de constrangimento. Fui com a família toda para a Assembléia Legisaltiva para tomar posse no cargo de deputado estadual, na vaga do cassado Walter Rabello (PP), mas não conseguiu. Numa manobra com aspecto corporativista, houve esvaziamento da sessão ordinária. O presidente do Legislativo, Sérgio Ricardo (PR), abriu os trabalhos e em seguida, declarou a sessão suspensa para tratar da pauta. Não retornou mais. Em seguida, os familiares deixaram o Palácio Dante de Oliveira visivelmente frustrados.
A direção da Assembléia aguarda um parecer da Procuradoria sobre um requerimento apresentado pela liderança do Partido da República pedindo que a vaga deixada pelo deputado Walter Rabello (PP), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por infidelidade partidária, seja entregue ao primeiro suplente da coligação PMDB/PL (o PR é sucessor dos direitos do PL), Hermínio J. Barreto. A Justiça Eleitoral entende que a vaga, já declarada aberta, seja do suplente do partido.
“Acredito que serei bem recebido pelos meus companheiros na Assembléia Legislativa e terei todo o respaldo necessário para desenvolver o meu trabalho” – disse o suplente, depois de tomar conhecimento da decisão de aguardar o parecer jurídico sobre o requerimento do PR.
Nilson Santos é do PMDB de Colíder e ficou como primeiro suplente do partido nas eleições de 2006. Ele foi vereador por dois mandatos e presidente da Câmara Municipal de Colíder no biênio 2001/2002. Em 2004 ele foi candidato a prefeito e perdeu para o atual administrador, Celso Banazeski (PR) por 1.492 votos de diferença. Nilson Santos começou a carreira política no PFL em 1.996, quando foi eleito vereador com 777 votos. Em 2000 foi reeleito com 1.673 votos, 10% dos votos válidos em Colíder.
Em 2003 ele foi para o PMDB, onde está até hoje. Nas eleições para deputado estadual, em 2006, Santos alcançou 18.517 votos. Ficou como primeiro suplente do PMDB e segundo suplente da coligação.