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Sucessão: Wilson Santos diz que adversários estão desesperados

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Duramente atacado no dia anterior pelo secretário de Fazenda, Eder Moraes, que chegou a chamá-lo de mentiroso, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos disse nesta terça-feira que “a campanha eleitoral já começou”. Para ele, o rosário de críticas que sua administração vem recebendo é fruto de resultado de pesquisas eleitorais que o mostram na preferência dos eleitores para ser o próximo governador de Mato Grosso “sem eu nunca ter dito que sou candidato”. Para ele, o destempero de Moraes e as diversas acusações que vem sendo feitas demonstra desespero. “E quando o povo quer, ninguém tira…” – destacou.

“Quando se recebe uma pesquisa, os outros recebem também. É quando o bate o desespero. Ai partem para o ataque, dizem que sou feio, orelhudo, narigudo, careca…” – ironizou o prefeito, ao destacar que, já teme por uma campanha “rasteira” como ele considera ter ocorrido em 2008, quando chegaram a falar de filhos e esposa. Ele se disse, porém, confiante de que “o bem vencerá o mal”, usando a mesma frase do secretário de Maggi, que, antes, havia escorregado e invertido dizendo que o mal venceria o bem. “Isso demonstra o tamanho do ódio” – comentou.

Santos rebateu as críticas pontuais do secretário ao participar do programa “Cidade Independente”, da Rádio Cidade FM. Ele anunciou que não pretendia responder ao secretário, mas “ao povo de Cuiabá”. Contudo, seguiu a pauta das críticas de Moraes. Começou discutindo a questão dos buracos e anunciou o início, na segunda-feira da recuperação das vias deterioradas pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos próprios na ordem de R$ 36 milhões. Santos atribuiu o excesso de buracos na cidade às chuvas excessivas e também ao tempo de vida útil da malha asfáltica da cidade.

“A grande maioria das vias de Cuiabá não têm drenagem” – explicou o prefeito. Ele citou como exemplo a Avenida Beira-Rio, que necessitou receber investimentos na ordem de R$ 6 milhões. O mesmo tipo de obra vem sendo realizado na Avenida Carmindo de Campos, considerado o maior corredor empresarial de Cuiabá. “Estamos corrigindo erros do passado, realizando obras que não aparecem” – disse Santos.

Ele também déb ateu a questão realcionada as obras da Avenida das Torres. No dia anterior, no mesmo programa, o secretário de Fazenda afirmara que o prefeito estaria “se apossando de uma obra do Governo”. Santos, por sua vez, lembrou que o empreendimento começou com uma emenda de R$ 7 milhões da senadora Serys Slhessarenko (PT) e posteriormente, num ato de comoção, conseguiu convencer o governador Blairo Maggi a implementar R$ 10 milhões de investimentos em Cuiabá “para serem investidos onde quizesse”. A Prefeitura está investindo entre R$ 25 e R$ 26 milhões. “E fizeram de tudo para desviar esse dinheiro” – cutucou.

Santos, porém, subiu o tom do debate quando rebateu as insinuações sobre misturar “lixo e água” em Cuiabá. Por deliberação da Câmara em proposta do Executivo, a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) passará a gerenciar a questão da coleta do lixo. As críticas, segundo o prefeito, partiram de quem desconhece o conceito de desenvolvimento sustentável. Ele lembrou que a questão do lixo é tratada no campo amabiental. Wilson Santos informou que a Prefeitura vai utilizar o modelo misto, contratando máquinas, caminhões de coleta e também profissionais na iniciativa privada, mas a gerência ficará com a Sanecap.

Ele também aproveitou para desmentir as notícias de que em 60 dias o aterro sanitário de Cuiabá sofrerá um processo de exaustão. “Tem pessoas que colocam noticias para depois desdizer. Estão falando bobagem” – comentou. O prefeito informou que o Executivo aguarda um parecer da Secretaria de Meio Ambiente sobre a proposta de ampliação do aterro. Existem três áreas em discussão, uma delas, inclusive, de 28 hectares. “Estamos esperando essa decisão há mais de um ano” – disse. “Falam sem conhecimento das coisas”.

Sem demonstrar irritação, Santos assegurou que sua gestão trabalha com a “verdade”, e que boa parte das promessas de campanha estão sendo concretizadas, enfatizando melhorias nas áreas de saúde e educação. Irônico, insistiu que “tem muita gente que fica nervosinha com as pesquisas, mas não adianta os resultados estão aí. Estou no meu sétimo mandado e quando o povo quer ninguém tira” – disse, ao lembrar que disputou oito eleições e venceu sete.

 

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