A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento de um agravo regimental (recurso) ao ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) e o manteve como investigado em um inquérito na prática de dois homicídios ocorridos em 2004, supostamente relacionados à posse de terras em Mato Grosso. O ministro Marco Aurélio foi o relator deste recurso, que foi acompanhado por unanimidade pelos demais membros.
A matéria começou a tramitar no STF devido a Júlio Campos ter mandato de deputado federal. Como decidiu não concorrer à reeleição e não tem mais o posto de parlamentar ainda não se sabe se o processo continuará na mais alta Corte do país.
Segundo as investigações, o empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Ervin Haraly foram assassinados em São Paulo por causa de uma disputa por terras em Mato Grosso. De acordo com a investigação, Júlio Campos é suspeito de ser o mandante dos crimes para se apropriar de terras com pedras preciosas.
Campos nega qualquer envolvimento com os crimes. “Ninguém que me conhece acredita nessa possível hipótese. Jamais cometeria um troço desses”, afirmou anteriormente o ex-parlamentar.