O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, decretou no início da tarde desta terça-feira a prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Até às 14h30 (hora Mato Grosso), a Polícia Federal ainda não havia confirmado o recebimento do pedido. Desde o mês passado, Cunha aguarda a expedição do mandado de prisão por ter sido condenado no processo.
O parlamentar foi condenado no julgamento do mensalão a nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva (três anos), lavagem de dinheiro (três anos) e peculato (três anos e quatro meses). No dia 6 de janeiro, Barbosa negou recurso apresentado pela defesa de Cunha e determinou o cumprimento imediato das penas de corrupção passiva e peculato, que somam seis anos e quatro meses. Após rejeitar o recurso do deputado, Barbosa viajou, de férias, sem assinar a ordem da prisão.
Os ministros Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski assumiram o plantão da Corte, mas também não determinaram a detenção de Cunha. De acordo com a assessoria de imprensa do STF, Barbosa não expediu o documento antes de sair para as férias porque a Secretaria Judiciária do tribunal não conseguiu concluir a documentação antes da viagem.
De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, até as 15h30 ele ainda não havia sido comunicado oficialmente sobre a prisão. Assim que for notificado, Cunha se apresentará na sede da Polícia Federal em Brasília, segundo seus assessores.
Ontem, no dia em que o STF deu início ao ano judiciário de 2014, Cunha almoçou por cerca de 30 minutos com militantes do PT que acamparam em frente ao prédio da Corte, em protesto contra o julgamento do mensalão.