O vereador Maximino Vanzella (DEM) contestou o relatório da Comissão de Ética e Decoro que pede sua cassação por quebra de decoro, lido ontem à noite, na sessão da câmara. Ele é investigado por supostamente ter participado da articulação de um atentado (que não ocorreu) contra o suplente Cícero Zimmerman, do mesmo grupo político, no qual a culpa seria atribuída ao ex-vereador Gerson Frâncio, o “Jaburu” (que é do grupo de oposição). O relator Luis Fabio Marchioro, concluiu que Vanzella “teve conduta incompatível com o parlamento, faltando com o decoro ao menos de forma tentada”.
“Tudo que está lá, mostra que eu não tenho nenhuma culpa. Mas como tem interesse político, eles estão fazendo isso”, destacou Vanzella, em entrevista ao Só Notícias, acrescentando que “eu estava incomodando na câmara quando denunciava vereadores da oposição”. Ele acabou desabafando dizendo que está se “sentindo constrangido com essa situação. Sei que vou ser cassado, mesmo sendo inocente. Peço desculpas a minha família e a sociedade”.
A votação pela cassação ou não do parlamentar estava prevista para ontem. No entanto, acabou não acontecendo porque ele não estava na sessão. Foi entregue atestado médico justificando a ausência. Seu advogado, Ronan Oliveira, que reside em Cuiabá, também não participou, pois disse que não foi notificado sobre a data. Uma nova sessão foi marcada para o dia 3 de setembro, na qual o legislador confirmou participar. Ela está afastado de suas funções, por decisão do legislativo, há mais de três meses
Conforme Só Notícias já informou, o caso da suposta reunião seria de 2011, sendo a mesma denúncia analisada pela Polícia Civil, no ano passado, que acabou arquivando a mesma. A denúncia foi feita à comissão pelo vereador Hilton Polesello, corregedor do legislativo. Ele não participa da votação e, em seu lugar, foi chamado o suplente Bruno Stellato.
No ano passado, três vereadores do grupo de oposição (Chagas Abrantes, Jaburu e Roseane Marques) foram cassados por acusação de pedirem propina ao prefeito em troca de apoio na câmara.
A comissão de ética também investigou, há alguns meses, o ex-vereador Paulo da Farmácia que acabou renunciando o mandato alegando questões políticas.