O presidente da câmara de Sorriso, Leandro Damiani, cobrou da direção do Hospital Regional de Sorriso explicações das denúncia de suposta violência obstétrica feita por moradores e pediu que a comissão de Saúde do Estado faça levantamento de informações sobre a ala e apure os fatos. “Tenho recebido reclamações na questão do atendimento no Hospital Regional na ala da maternidade. Essa questão do parto normal, aguardar um dia, dois dias, mãe sofrendo muito com isso, com muita dor. Agora vai ser investigado mãe que esperou de mais podendo ter ocorrido o óbito (do bebê), não estou falando que ocorreu em razão disso porque é necessária investigação”, explicou o presidente.
Um pai chegou a registrar boletim de ocorrência, ontem, na delegacia de Polícia Civil informando que sua esposa gestante foi induzida a trabalho de parto, porém, não houve dilatação. Ao pressionar o médico para fazer uma cesárea, teria dito que fazia “porque estavam enchendo muito o saco”. Após o parte foi identificado que o bebê havia ingerido líquido e fezes pela demora do procedimento. Outro médico ainda teria feita entubação.
Damiani emendou que esteve “com a diretora (e) falou que já instaurou uma sindicância para ver essa situação. Quando uma mãe vai para o particular ela não fica esperando o parto normal, na grande maioria é cessaria, se recupera e vai para casa, por que no público tem que sofrer para depois ter o nascimento do bebê? Já ocorreram relatos de criança sair com costela quebrada e tantas outras coisas”.
De acordo com o presidente “a câmara está tomando posicionamento, estamos cobrando da Assembleia Legislativa que a comissão de Saúde do Estado faça levantamento porque não dá para aceitar do jeito que está. Não estamos culpando ninguém, mas queremos transparência. Pedimos ao prefeito que de uma atenção e que implante nossa maternidade”.
Outro lado
A secretaria estadual de Saúde informou “que a diretoria do Hospital Regional de Sorriso instaurou uma investigação para apurar os fatos. Além disso, a direção da unidade hospitalar notificou a equipe de ginecologia e obstetrícia do hospital para esclarecer o ocorrido”.