sexta-feira, 20/setembro/2024
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Sorriso: prefeitura quer vender 11 lotes para financiar reforma de escolas

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Para investir nas reformas das escolas municipais, a prefeitura quer vender 11 terrenos, em cinco bairros. O projeto de lei foi encaminhado aos vereadores, em dezembro do ano passado, e deve entrar em pauta na segunda-feira (27). Os lotes medem de 405 a 763 metros quadrados e, juntos, estão avaliados em até R$ 500 mil. O valor, segundo o vice-prefeito Wanderley Paulo (PP), seria o suficiente para resolver o problema elétrico das unidades escolares, cuja demanda não aguenta sequer manter os aparelhos de ar condicionado ligados, que na maioria das escolas estão encaixotados.

Para este ano, estão estimados um investimento de R$ 600 mil para a reforma nas escolas, volume suficiente para o líder da bancada de oposição ao prefeito, Luis Fabio Marchioro (PDT). “Com este recurso, de R$ 600 mil, não tem que ser vendido terreno algum para poder bancar estas construções, não estamos entendendo porque querem vendê-los, isso seria um regresso”, afirmou.

Marchioro acredita que a venda dos lotes irá refletir principalmente nas próximas administrações, pois atualmente já falta espaço para novas obras, futuramente o problema pode ser maior. “Não existem mais terrenos públicos em Sorriso, vender estas áreas é andar na contramão, pois precisamos destes lotes para a construção de postos de saúde, área de lazer, creches também, que hoje, se fossemos dobrar o número de locais para abrigar os bebês e crianças não conseguiríamos atender toda a demanda da cidade. Além disto, isto vai inviabilizar todas as ações dos futuros prefeitos”, afirma Marchioro.

O vice-prefeito ressalta que os terrenos só dão despesas a prefeitura e que, por serem pequenos, nenhuma obra de grande porte pode ser construída. “Estamos perdendo dinheiro com estes terrenos desocupados, que podem gerar impostos a administração, como através do IPTU. A ideia é fazer leilão e quem oferecer o melhor preço fica com o lote. Quando eu era vereador, autorizei uma permuta, onde diversos lotes foram trocados pela área onde hoje está sendo construído o aeroporto, que é uma obra imprescindível para qualquer município”, disse Wanderley.

Na opinião do líder de governo, vereador Maximino Vanzella (DEM), os terrenos pequenos não permitem grandes obras, como uma creche por exemplo, que precisa de espaço. “Os lotes estão ociosos e só gerando custos ao erário público. Como estamos precisando investir na reforma das escolas, este dinheiro seria muito bem vindo, ainda mais para a educação, que sempre necessita de mais investimento devido a alta demanda. O montante adquirido com os terrenos seria razoável e, ao menos, poderíamos resolver as necessidades mais urgentes, que os próprios professores e alunos solicitam a cada dia para nós. Apesar de aprovarmos R$ 600 mil do orçamento para a reforma, nunca sobra dinheiro para investir no setor, pelo contrário, sempre falta”.

Os terrenos estão distribuídos: um no Jardim Califórnia, um no Portal Kaiabi, um no bairro Recanto dos Pássaros, três no Parque Universitário e cinco no Jardim Tropical. A presidente da Câmara, professora Marisa Netto (PSD), disse que os parlamentares devem discutir o projeto na sexta-feira e só deve entrar em pauta na próxima segunda. “Primeiro quero conversar com meus colegas para saber o que deve ser feito, só sei que é os patrimônios da Prefeitura somam muito dinheiro”.

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