A prefeitura de Sorriso apresentou o balanço dos primeiros quatro meses do ano em audiência pública realizada no plenário da câmara de vereadores e apontou que aplicou 29,7% da receita no desenvolvimento do ensino, quando a lei exige 25%. Já na remuneração de professores, o município aplicou 66% da receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), quando a exigência é 60%. Já nos investimentos em saúde, em que a exigência legal é de 15% da receita, Sorriso aplicou 23,97%.
De janeiro até abril, a receita primária do município foi de R$ 106,4 milhões, o que corresponde a 33,46% do projetado para o período, que foi de R$ 318,3 milhões. Mesmo inferior ao que foi previsto, a arrecadação do período ainda foi superior ao mesmo período do ano passado, quando foram arrecadados R$ 88 milhões.
Ainda segundo município, a despesa liquidada nestes primeiros quatro meses foi de R$ 80 milhões. No entanto, a despesa empenhada (valor que o órgão público reserva para efetuar um pagamento planejado) foi de R$ 164 milhões.
“Assim como em outros municípios, Sorriso está sentindo os efeitos na queda dos repasses estaduais e federais, no entanto, estamos buscando fontes alternativas de recursos, como empréstimos e venda de imóveis públicos para manter os investimentos nas áreas mais prioritárias como saúde e educação”, declarou o prefeito Ari Lafin.
Ele acrescentou ainda que o momento de transição no comportamento econômico local requer muita energia administrativa. “O agronegócio motiva, neste momento, a agroindustrialização, aumentando as expectativas nas pessoas, isto tudo aumenta demandas na educação, saúde e infraestrutura no município”, ressaltou, por meio da assessoria.