O prefeito Ari Lafin acaba de confirmar que Luis Fabio Marchioro reassumiu, hoje, a secretaria municipal de Saúde e, Ednilson Oliveira, a de Cidades. Ambos estavam afastados, há cerca de sete mês, quando começaram as investigações nas duas secretarias de suspeitas de fraudes e desvios de recursos públicos. Na Saúde, as fraudes foram em pagamentos de cirurgias determinadas judicialmente e, na Cidades, de servidores terceirizados, de uma cooperativa, que não estavam trabalhando mas recebiam salários. Na saúde, a empresa prestadora de serviços continua sendo investigada e uma empresária (sócia) chegou a ficar 60 dias presa por conta dos desvios de recursos que passariam de R$ 3,5 milhões.
“Assim que nós descobrimos, juntamente com os dois secretários, tomamos as devidas providências de apurações internas, procuramos o Ministério Público, entregamos tudo aquilo que tínhamos identificados e pedimos as investigações para que tudo fosse sanado. Ao longo do ano de 2022, o MP, com muita competência e ao qual eu agradeço, ao GAECO, a Polícia Civil, fizeram as apurações e chegaram aos verdadeiros criminosos. Tanto o Luis Fabio quanto o Ednilson não foram citados como criminosos no fato. E isso faz com que a gente possa ter a tranquilidade em estar devolvendo os dois aos cargos”. “Eles têm uma história na nossa cidade, são pessoas pioneiras e tenho certeza que, quanto a câmara municipal que fez seu papel, através das CPIs, tudo foi cumprido. O papel judiciário tem feito papel brilhante”, declarou o prefeito.
Lafin disse que houve “traição” aos secretários por parte de alguns servidores que os induziram a erro ao assinar documentos. “Uma boa parte de documentos que assinamos dentro dos órgãos públicos são de extrema confiança aos assessores. Eu mesmo assino muitos documentos confiando na minha assessoria, não tem condição de ler tudo. Infelizmente, foi o que aconteceu tanto com Luis Fabio quanto com Ednilson uma traição muito dura de pessoas muito próximas aos dois”, afirmou, acrescentando que a prefeitura tem fortalecido trabalho da controladoria interna para evitar brechas que possam resultar em fraudes e desvios de recursos públicos.
De acordo com o GAECO de Sorriso, para a execução das fraudes na secretaria de Saúde e desvio de recursos públicos, a empresária, alguns servidores e demais investigados utilizavam-se de processos judiciais de saúde em curso, nos quais havia o bloqueio de valores nas contas do Estado de Mato Grosso para custear o tratamento médico pleiteado na ação. Após o recurso ser bloqueado, era transferido ao Fundo Municipal de Saúde, e, a partir de uma mesma ação judicial, isto é, mesmo paciente e procedimento médico solicitado, eram confeccionados, por várias vezes, processos administrativos de pagamento, alterando-se, tão somente, a nota fiscal e o ofício que o acompanhavam.
Luis Fábio disse que “é injusto pagar por algo que você não fez, que não cometeu crime nem cometer”, “nem causar dano a ninguém. Pagar por isso é muito dolorido. Quem fez as denúncias que foram investigadas fui eu, foi o prefeito Ari foram os secretários que foram juntos (denunciar e pedir providências). Nós fizemos a denúncia”, esclareceu. “Saí da secretaria (ano passado) para que tudo fosse investigado com maior transparência e lisura. Não entrei na secretaria desde aquela data e vou retornar agora”. “Quero agradecer a confiança do prefeito Ari, um líder incomum que temos em Sorriso e devemos valorizá-lo muito”, declarou.
O secretário Ednilson de Oliveira disse que fez a denúncia, a promotoria, de casos de servidores fantasmas na secretaria de Cidades e “deixei o cargo”. “No depoimento de quem cometeu o crime me isentou”. “Agora é restabelecimento (retorno ao cargo) e era natural que deveria ocorrer”, declarou.
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