O presidente da Câmara de Sorriso, Chagas Abrantes (PR), afirmou que os vereadores não concordaram com a doação da área no loteamento Rota do Sol, para a construção do campus do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) no município, e que foi aceita pela reitoria. Segundo ele, o legislativo municipal vai tomar medidas contra a doação feita, diretamente, pelo proprietário do loteamento. No entanto, preferiu não adiantar quais seriam estas medidas. “No momento em que protocolarmos estas ações vamos anunciá-las”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.
Chagas disse que esta doação não é um fato novo e que os vereadores já sabiam dela em uma reunião realizada, anteriormente, com o reitor da instituição, José Bispo Barbosa, em Cuiabá. Naquela oportunidade, o reitor apresentou aos parlamentares municipais os documentos da doação da área, anunciada oficialmente ontem, pelo próprio reitor, que foi até Sorriso, e reuniu-se com o prefeito Chicão Bedin (PMDB).
Equanto isso, a pauta de votação para os projetos oriundos do Executivo continuará trancada. O presidente assegura que foi dada “a chance” para que o prefeito tomasse uma medida para uma trégua, na semana passada. “Nada foi alterado, pois isso a pauta continuará trancada”, afirmou.
Conforme Só Notícias já informou, a polêmica doação da área para a construção da IFMT continua causando o confronto entre Executivo e Legislativo. Os vereadores queriam que a prefeitura mantivesse o planejamento inicial de construir o instituto na Vila Romana (área nobre da cidade) e, por causa da mudança de local, mantém, por quatro sessões, a pauta de votações trancada. Projetos da prefeitura não estão sendo votados. Eles são contrários construir o campus no Rota, alegando que não tem infra-estrutura e está distante do centro e bairros.
O prefeito Chicão Bedin defende construção do campus do instituto em uma área no bairro Rota do Sol, argumentando que a prefeitura ganhou uma área importante. Os vereadores apontam que o local é impróprio porque não tem infraestrutura necessária.