A Câmara de Sorriso definiu os membros que irão investigar a suposta quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Maximino Vanzela (DEM). A presidência da comissão ficará com o vereador Chacrinha (PR), a relatoria com o vereador Luiz Fábio Marchioro (PDT) e o vereador Boanerges Costa (PMDB) será o membro. O grupo terá um prazo de 60 dias para trabalhar o relatório sobre o caso. Este prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias. Não está confirmado, mas a primeira sessão da comissão pode ocorrer ainda esta semana.
“A comissão vai analisar os documentos que tem e chamar envolvidos para depor. Acreditamos que nos 60 dias todo o trabalho terá sido concluído”, explicou o vereador e corregedor da Câmara de Sorriso, Hilton Polesello, em entrevista ao Só Notícias.
Conforme Só Notícias já informou, foi aprovado, ontem à noite, o requerimento da corregedoria para criar uma comissão de ética e decoro para investigar o democrata. Ele também foi afastado do cargo, por tempo indeterminado, até que seja concluída o trabalho desta comissão. A acusação é que ele teria supostamente participado de uma reunião com aliados políticos para tratar de uma armação onde seria tramado um atentado contra o suplente Cicero Zimmerman (da situação) e ser jogada culpa no então vereador Gerson Frâncio, o “Jaburu” (que era da bancada de oposição e foi um dos 3 cassados no episódio da suposta cobrança de propina por troca de apoio político na câmara).
Ao Só Notícias, Vanzela disse que vai se reunir com sua assessoria jurídica e que vai recorrer ao Judiciário para derrubar a decisão “arbitrária tomada pelos vereadores”. Ele classificou de “forma ditatorial” seu afastamento. “A comissão para esclarecer e elucidar os fatos sou favorável. Não temo nada. O que sou contra é me afastarem. Vou buscar meus direitos e me manter vereador. Eles estão denegrindo minha imagem. Não orquestrei nada e não precisaria disso. Não ofereço perigo a comissão (de investigação). O único perigo que ofereço é também pedir uma CPI para investigar alguns vereadores. Tem casos que estão em aberto, precisando ser explicados como a questão das apostilas (da administração passada da prefeitura), compra de pãezinhos, de serviços de advocacia contratados na câmara sem licitação, que estão na promotoria e a câmara está de braços cruzados. São casos que houve danos ao erário público. No meu caso, o que falaram foi arquivado pela promotoria pública. Neste que está arquivado, eles estão mexendo. Nos casos a investigar, que estão abertos pela promotoria, eles não investigam”.
(Atualizada às 15h22)