A comissão de Finanças da Câmara de Sorriso entregou, nesta sexta-feira à tarde, ao prefeito Chicão Bedin (PMDB), parecer contrário à aprovação das contas da prefeitura, referente ao ano de 2009. A votação do parecer será na segunda-feira, a partir das 19h, na última sessão ordinária do legislativo. Na prática, será feita nova votação das contas de 2009 porque a justiça estadual havia anulado a decisão anterior da câmara que reprovou as contas daquele ano, considerando que o Poder Legislativo não seguiu os tramites corretos e não oportunizou defesa ao prefeito. O relator, na época, foi Gerson Francio (Jaburu), que teve mandato cassado há cerca de 30 dias, acusado de pedir propina em troca de apoio político.
Agora, o novo relator das contas, vereador Hilton Polesello (PTB) decidiu emitir parecer contrário e notificou o prefeito a apresentar defesa. Polesello, informou ao Só Notícias, que entre as irregularidades apontadas pela comissão da câmara estão “falhas no sistema de saúde pública, alto índice de dengue constatado no ano, irregularidades no transporte escolar”. Além disso, Polesello apontou que o prefeito deixou de responder cerca de 40 requerimentos feitos pela câmara,”o que, segundo a lei orgânica do município, configura improbidade administrativa”.
Cópia do relatório, com 16 páginas, foi entregue a Chicão que foi convidado para estar na sessão de 2ª feira à noite, e apresentar defesa. Chicão terá 15 minutos para se pronunciar, na tribuna, fazer esclarecimentos aos vereadores. São necessários 2/3 dos votos para o parecer ser aprovado. Dos 10 vereadores, 8 são de oposição ao prefeito.
O parecer do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) é favorável à aprovação das contasd e 2009. Mas foram feitas ressalvas pela equipe técnica e mantidas pelo relator do TCE. E foram com base nas ressalvas, que a comissão de Finanças da câmara está emitindo parecer contrário.
Outro lado
O prefeito Chicão Bedin disse, há instantes, ao Só Notícias, que recebeu o relatório da comissão de Finanças da câmara e que está discutindo o caso com a assessoria jurídica.”Vou à câmara apresentar defesa”, resumiu Chicão.