A câmara sorrisense derrubou, esta noite, por 7 votos a 2, o veto do prefeito Chicão Bedin ao projeto aumentando subsídios do futuro prefeito, do vice e dos novos vereadores que assumirão a partir de janeiro. Agora, a câmara pode promulgar a lei para vigorar a partir de 2013. A proposta prevê que o salário de prefeito passe de R$ 11,3 mil para R$ 19 mil (mais de 65%); vice-prefeito (que teve o maior reajuste) terá aumento de R$ 5,6 mil para R$ 12 mil. Cada vereador passará a ganhar R$ 7,9 mil (mais de 50% de reajuste). Atualmente, é de R$ 4,9 mil. Para os secretários de primeiro escalão na prefeitura o salário passa R$ 7 mil para R$ 11,5 mil (cerca de 60%).
Houve diversos pronunciamentos de vereadores – principalmente da bancada de oposição com críticas a decisão de Chicão em vetar o rejuste. “Não tinha como ser diferente. É nossa obrigação aumentar os salários e nós seguimos todos os parâmetros previsto em lei”, defendeu a presidente da Marisa Netto. Ela também criticou o corte de gastos da atual gestão.
Hilton Polessello (PTB) classificou como “imoral é o que o prefeito tem feito com cancelamento de eventos do departamento de cultura, desmarcação de cirurgias e muitas obras paralisadas”.
Os dois vereadores aliados do prefeito se manifestaram pela manutenção do veto apontando que os percentuais de aumentos são altos. Dos atuais vereadores, só três se reelegeram para a próxima legislatura.
Ao vetar o projeto, Chicão disse que considera a proposta da câmara imoral, “já que para cargos eletivos o aumento é de até 112%, enquanto para os servidores públicos foram 35,9% aplicados em 4 anos”.
Ainda não foi informado qual será o montante gasto a mais com salários na câmara e no primeiro escalão da prefeitura com os aumentos mantidos.
(Atualizada às 09:03h em 23/10)