O assessor jurídico da câmara sorrisense, Silas Nascimento Filho, que está em Cuiabá acompanhando os vereadores Chagas Abrantes, Gerson Francio (Jaburu) e Roseane Marques, disse agora há pouco, ao Só Notícias, que os pedidos de prisões foram motivados por supostas ameaças para o secretário municipais Santinho Salermo e o procurador do município, Zilton Mariano, que teriam feito denúncias contra os 3 por pedidos de propina em troca de apoio político. “Conversei com o promotor e este seria um dos motivos da prisão – que estariam sendo ameaçados”, expôs Silas.
O advogado disse que os 3 vereadores deverão contratar advogados para cuidarem de suas respectivas defesas e impetrarem habeas corpus. Eles foram recambiados, há instantes, para a Polinter. “Estou aqui como advogado da câmara e informar o legislativo das providências que devem ser tomadas, posteriormente, no âmbito administrativo. Sugeri que cada um dos vereadores contrate uma advogado para cuidar desta questão”, acrescentou. “Vou fazer um relatório a ser encaminhado para a mesa diretora. Vou, agora, ao fórum, em busca de cópia do inquérito e ter mais informações sobre as denúncias”, acrescentou.
Ao analisar gravações de denúncias e ouvir depoimentos dos vereadores, o MP pediu as prisões, autorizadas pela juíza Nilza Maria de Carvalho. A promotoria aponta que Chagas Abrantes “direcionava as ações e os votos dos demais integrantes” da bancada oposicionista ao prefeito, que é maioria na câmara. O vereador Jaburu “era responsável pela intermediação nas negociações entre os poderes. O caso foi revelado durante gravações onde Gerson aparece pedindo R$ 100 mil de propina em beneficio próprio. Já a vereadora Roseane exigiu um emprego para o namorado, conserto de seu veículo e pagamento de R$ 3 mil mensais por tempo indeterminado, a título de “mensalinho”, diz o MP.
Ainda de acordo com o MP, Chagas Abrantes e sua esposa, Filomena abrantes (também presa hoje), foram flagrados exigindo o repasse de verba mensal entre R$ 8 mil e R$ 10 mil que seriam direcionados para a emissora de televisão de propriedade do casal como espécie de venda da mídia da prefeitura. O acordo consistia em que os programas de televisão parassem de fazer críticas que desabonassem a imagem política do prefeito”.
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