Após mais uma falta na oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal, o sócio da empresa Miragãos, Aldevino Aparecido Bissoli, acusado de sonegar mais de R$ 20 milhões do Estado, será conduzido coercitivamente para participar da próxima reunião, marcada para às 13h, de quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa.
O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), classificou como uma afronta a justificação de falta do empresário para a reunião de hoje. De acordo com Pátio, Aldevino alegou que estava a trabalho em Cáceres e que seu advogado desistiu de atuar em sua defesa, por falta de pagamento.
“Essa justificativa mostrou a total falta de respeito do Aldevino com os membros da CPI. Por isso, eu e os deputados Wilson Santos (PSDB) e Coronel Taborelli (PV) aceitamos o requerimento da condução coercitiva para podermos ouvir esse empresário”.
O parlamentar ainda afirmou que já foi comprovado que Aldevino têm várias empresas que sonegaram milhões em impostos e que seriam todas de ‘fachada’. “Ele (Aldevino) mesmo declarou que atuava como ‘mula’. Por isso, vejo que estava a serviço de grupos econômicos que usam esses tipos de empresa para levarem a soja para outros estados, mesmo já tendo o incentivo fiscal e também sendo beneficiado pela Lei Candir”.
Para o deputado, a presença do acusado na próxima oitiva é primordial para o andamento das investigações, já que os membros da CPI têm que esclarecer informações controvérsias, revelados pelo empresário, em uma reunião realizada em março deste ano.