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Sob desconfianças, eleição em MT caminha ao plebiscito

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A cena se repete. Em 2008, a candidatura do empresário Mauro Mendes a prefeito de Cuiabá foi indo, foi indo, foi indo e, a base de empurrão, conversações, apelos e muito custo, se confirmou. Mendes desbancou o deputado estadual Sérgio Ricardo, então presidente da Assembleia Legislativa, e se qualificou para enfrentar o prefeito Wilson Santos, do PSDB, com as benções dos "republicanos da botina". Derrotado, porém, Mendes anunciou resistência oposicionista ao prefeito reeleito, mas com reclusão e redirecionamento de suas atividades para o seu meio empresarial.

Mendes, no entanto, não aguentou o "cheiro da brilhantina". Numa manobra que até hoje nem ele e ninguém próximo conseguiu dar uma explicação clássica e convincente, coisas que só a política consegue produzir debaixo do nariz dos incautos, saiu do PR, onde era considerado o "queridinho" e refugiou-se no Partido Socialista Brasileiro (PSB), do deputado federal Ciro Gomes, presidenciável socialista. E quando todos se covenciam de que Mendes havia rompido com Maggi para achar seu próprio destino, ele retornou às origens do pensamento político.

Numa audiência reservada, se encontrou como vice-governador Silval Barbosa, nome escolhido pelo governador Blairo Maggi para ser o seu sucessor – após o próprio Mendes ter declinado do convite, diga-se de passagem – garantiu que havia trocado de partido, mas que não seria candidato. O apoio dele era para o projeto de Maggi. Silval Barbosa acreditou – ou faz de conta que acredita – e, nesta terça-feira, já admite até a possibilidade de a eleição ser de estilo plebiscitário, isto é, ele e mais um, no caso, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos.

Mauro Mendes, em verdade, é o nome que gera maior expectativa, na mesma proporção da desconfiança. O nome do empresário é festejado como candidato ao Governo pelo PDT, PPS, PCdoB, PRTB e do próprio PV, outros partidos que integram o que se convencionou a chamar de "Terceira Força". Dentro do grupo, há quem veja a candidatura de Mendes apenas como um balão de ensaio. O grupo, no entanto, também enfrenta problemas de cisão. Exemplo, é o PDT, hoje controlado pelo deputado estadual e legislador com aposentadoria marcada Otaviano Pivetta. Muita gente acredita que até o desenrolar das convenções, os trabalhistas retornem ao controle dos históricos brizolistas, aliados de Wilson Santos.

Silval Barbosa, a princípio, , não aposta um níquel furado na candidatura de Mendes. Ele reafirmou que tem cortejado o deputado federal Valtenir Pereira e o próprio Mendes para que sejam aliados na eleição de outubro próximo. "Temos viajado juntos e conversado bastante" – revelou. Nessa, por pouco Pereira não conseguiu negociar sua candidatura a vice de Silval.

Outro passo de desconfiança e que remete a possibilidade de uma plebiscito eleitoral em outubro vem com o assédio aos democratas. Silval tem dito que vem gastando a sola do sapato e a saliva para convencer os Democratas a "fechar" com sua candidatura. Explica-se: Silval não acredita que Jayme Campos irá para a disputa ao Governo e que seu adversário, no caso, é Wilson Santos mesmo. Vale-se do trânsito pelo fato de os democratas serem integrantes da base aliada. No fechamento, Barbosa crê que o DEM siga na aliança pelo comprometimento com o Governo – apesar da posição contrária de Campos.

 

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