Os trabalhadores da Educação pública decidiram manter a greve da categoria e rejeitar a proposta da Secretaria de Educação de Mato Grosso de implantação do piso salarial de R$ 912,00 na folha de pagamento de julho deste ano. O sindicato quer R$ 1.050 para professores de nível médio e R$ 1.500 para os de nível superior. A decisão foi tomada em assembléia geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso esta tarde.
Também consta na proposta do governo disponibilizar, até o próximo dia três de abril, o cronograma para a implementação do piso de R$ 1.050,00 para nível médio exigido pelo Sindicato. Para maio de 2008, a Seduc propôs a instituição do piso de R$ 878,66 para nível médio e de R$ 1.317,99 para nível superior. Mas os profissionais votaram por aguardar novo posicionamento.
O presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, ressaltou a importância do debate para a luta do Sindicato. “O próximo passo é intensificar a mobilização e chamar o governo para nova negociação”, disse.
A categoria definiu ainda a realização de uma nova assembléia geral, no próximo dia 25, a partir das 14 horas, em Cuiabá, com passeata até a sede da Seduc.
Nesta segunda-feira, escolas em Sinop e Alta Floresta não tiveram aulas e os professores aderiram ao movimento grevista.
O Conselho de Representantes do Sintep já havia rejeitado a primeira proposta da Secretaria de Educação, no sábado (15) e domingo (16), em função da demora e incerteza demonstradas no documento encaminhado ao Sindicato. “Precisamos de um período de pelo menos mais dois meses para avaliarmos com segurança o comportamento da receita do Estado, para, a partir de então, avançarmos ainda mais na proposta do piso salarial dos profissionais da Educação”, diz um trecho do ofício.