Vereadores de Sinop que votaram contra o aumento de mais seis vagas a partir de 2013, aprovado esta tarde- subindo o número de cadeiras de 11 para 17- por seis a votos a três, afirmaram que vão pesquisar os trâmites legais para que o incremento não ocorra. Sérgio Palmasola, que teve pedido de vista “derrubado”, apontou a necessidade de uma audiência pública para que o assunto seja discutido com os munícipes. “Não perdermos ainda, porque vamos fazer uma audiência igual, vamos ouvir a sociedade”, declarou.
O parlamentar disse, ao Só Notícias, que “na segunda-feira, eu e o vereador Fernando [Assunção, que também votou contra], vamos ver os trâmites para recorrer, ver alguma coisa que possamos fazer juntos para que isso não aconteça. A Câmara de Vereadores é soberana lógico. Votou, aprovou. Mas a gente vai tentar sensibilizar os vereadores, a população, de que isso não podia ter acontecido. 17 vereadores é muito para Sinop”. Ademir Bortoli (DEM) também não foi à favor.
Palmasola destacou que o aumento de legisladores não implica somente em gastos deles. “Não é só 17 vereadores. Vai aumentar vinte e poucos assessores e isso tem custo. Quem fala que não tem custo, não está por dentro, porque tem. É diárias para viajar, é uma série de fatores que vai aumentar. Não tenha dúvidas”. Para ele, o gasto é desnecessário. “Com 11 vereadores faria a mesma coisa. Logicamente, se a cidade crescer mais e chegarmos aí a 150 mil habitantes, num futuro próximo, aí poderia fazer uma emenda na lei. E passa para 17 ou 20, quantos precisar. Por enquanto, 11 é um número ideal”, acrescentou.
Fernando Assunção criticou a forma como ocorreu o processo de votação. “No nosso entendimento o assunto é muito importante e atinge o coração da sociedade. Então, Sinop é uma cidade politizada, grande. Precisa democratizar os assuntos. E nós somos justamente contrários da forma que veio para a Casa [o projeto]. Um projeto dessa importância vir com tanta rapidez, tanta velocidade para ser votado. E a gente que precisa ouvir a sociedade organizada, as entidades de classe”. O regimento interno permite que os legisladores convoquem a audiência.
Por outro lado, o presidente da Casa, Remídio Kuntz (PSD), que não tinha direito de voto, mas poderia manifestar-se em caso de empate, disse favorável ao aumento. Pontuou que o processo foi democrático, atendendo os requisitos legislativos. Falou ainda que “não estamos fazendo nada de errado. Há 10 anos, Sinop já tinha 15 vereadores. O salário do vereador era quase R$ 10 mil. A Câmara tem estrutura, o duodécimo do ano que vem vai aumentar quase R$ 50 mil, além de votarmos o PCCS (Plano de Carreiras). Então, está tudo tranquilo. Dentro da normalidade”.
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