O departamento jurídico da Câmara de vereadores de Sinop manifestou-se contrário a abertura da Comissão Parlamentar de Investigação, a CPI, para investigar atos da concessionária de água. O presidente Ademir Bortolli, disse que o parecer é que a empresa pode ser investigada, mas não existe fundamento para abertura de CPI. “Por isso instaurei uma comissão especial com a participação de vereadores de vários partidos para investigação”, declarou. Fazem parte os vereadores Dilmair Callegaro (PSDB), Hedvaldo Costa (PR), Gilmar Flores, o “Joaninha” e Tony Lenon (PMDB) e Joacir Testa (PDT).
A comissão deve apurar porque vários requerimentos encaminhados à empresa, pelos vereadores, pedindo informações não foram respondidos; o reajuste autorizado em dezembro de 2016, pelo município, de 16,48% na tarifa do serviço; o volume de reclamações dos moradores sobre os preços aplicados; cobranças abusivas; a qualidade da implantação do esgoto danificando o pavimentação e abertura de diversas crateras em vias públicas.
Apesar de ter o nome incluído na comissão, o vereador Dilmair Callegaro, que articulou a criação, afirmou em entrevista ao Só Notícias, que “não vai aceitar uma comissão imposta, que vai reformular o pedido de CPI, dentro dos argumentos jurídicos e apresentar novamente na tribuna, nas próximas sessões. Tenho outros recursos, posso entrar com mandado de segurança (na justiça estadual). Entendo que, se estão impedindo a abertura de uma CPI, é por que possa haver irregularidades”, afirmou.
Bortolli disse que “nada foi imposto. A partir do momento em que uma comissão é criada não tem como voltar atrás. Eu vou garantir que os procedimentos da câmara sejam feitos dentro da lei”, acrescentou o presidente.