O vereador Fernando Assunção (PSDB) questionou, na tribuna da câmara, os débitos da prefeitura municipal, considerados restos a pagar do exercício de 2009 e que ficaram para ser quitados este ano com dezenas de empresas fornecedoras. Ele disse que no último quadrimestre de 2009 foram apontadas pendências de R$ 9,9 milhões. O parlamentar está cobrando da prefeitura explicações da origem e detalhamento por secreratarias municipais para saber o que ficou pendente.
“É preciso saber porque não foi pago este montante porque o atual prefeito pegou a prefeitura com contas em dia e chegou ao final do ano sem ter pago quase R$ 10 milhões. Embora não seja ilegal, considero este fato grave. Estes números constam no balancete de 31/12 que foi enviado em fevereiro para os vereadores”, aponta Assunção. Ele diz que a secretaria ficou com mais débitos é a de Obras com montante R$ 2,8 milhões. “A Saúde tem em aberto R$ 1, 1 milhão”, aponta. “Já solicitamos explicações do secretário de Governo, que tem sido o elo entre o Executivo e o Legislativo, mas ainda não fui informado. Inicialmente, é possível considerar que houve exagero de gastos com compras de maquinários, contratações de funcionários de confiança e locação de imóveis. Mas vou esperar as informações para fazer uma análise mais aprofundada e explicar para a sociedade”, concluiu.
Outro lado
O secretário de Governo, Ivanildo Vieira, disse ao Só Notícias, que “o valor apontando pelo vereador não procede. Consideramos restos a pagar de R$ 2,1 milhões, contabilmente empenhados, que consideramos como restos a pagar. Há uma especulação que seriam maiores. Estamos preparando documento para ser encaminhado ao vereador. Se possível ainda hoje”, disse. “Não considero que houve exageros de gastos. Trabalhamos sempre com imprevistos orçamentários por problemas diversos, desde quebra de maquinários até obras emergenciais. Tanto que em todas as sessões da câmara fazemos algumas suplementações orçamentárias. Aliás, o prefeito já comunicou os secretários para evitar contratações e conter investimentos”, explicou.