A quantidade de vereadoras em Sinop diminuiu em comparação ao pleito de 2016. No último dia 15 apenas a professora Graciele Marques (PT), que recebeu 1.122 votos, foi eleita e será a representante feminina nos próximos 4 anos. Na câmara, são 15 vagas e, atualmente, duas mulheres compõem o parlamento, ambas (professora Branca e Maria José) não se reelegeram e ficaram como suplentes na próxima legislatura.
Ao Só Notícias, Graciele Marques lamentou a diminuição da bancada feminina no município e ressaltou a importância da representatividade. “Considero bastante ruim (a queda) se pensarmos que a maior parte da população é mulheres e que conhecem de políticas públicas porque são as pessoas que majoritariamente frequentam postos de saúde, conhecem as estruturas das escolas, das praças públicas para acompanhar seus filhos, e é lamentável que tenhamos apenas uma mulher na câmara”, pontuou.
Ainda de acordo com a vereadora, que é pedagoga e mestre em Educação, mesmo com a representatividade baixa, a busca na câmara será intensa por questões de diversidade. “A nossa candidatura tem uma característica popular, então uniu várias bandeiras, e nossa central é a Educação e Saúde de qualidade, mas vamos passar também pela questão da diversidade, dos pequenos produtores e vamos ver o que é possível fazer para atender esse público que é bem diverso”, salientou.
Além de ser a única mulher, Graciele também será a única representante do PT no parlamento, que vem perdendo força em todo Estado e não elegia vereador em Sinop desde 2012. “Acho que é importante essa diversidade na câmara e isso não se refere só ao PT, mas vejo que tem que ter uma variedade de pensamentos para que de fato represente a população, que é muito plural. Vejo que é muito positiva uma cadeira ser de um partido de esquerda, porque nós temos muitas pessoas que são de esquerda e precisam ser representadas”, completou.
O resultado de Sinop também é oposto ao do Estado. Comparando com o pleito de 2016, houve aumento de 20,10% na quantidade de vereadoras eleitas nos 141 municípios, passando de 189 para 227 (1.168 homens foram eleitos, o que representa 83,7% das 1.395 vagas). O total de prefeitas foi o mesmo, permanecendo em 15. No entanto, com possibilidade de diminuir, já que em Torixoréu, apesar de Inês Coelho (DEM) ter sido eleita, a candidatura está sub judice.
Este ano, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, também houve crescimento no número de candidaturas em Mato Grosso, passando de 3.350 para 4.263 (27,25%). Analisando apenas Sinop, houve aumento significativo no total de candidaturas. Em 2016 foram 49, enquanto em 2020 82 (67,34%).