A efetivação da hidrovia Teles Pires Tapajós volta à pauta de cobrança da classe política de Mato Grosso ano que vem. O suplente Jorge Yanai (do senador eleito Wellington Fagundes), e que tem base eleitoral em Sinop, adiantou que um posicionamento mais contundente vai ser cobrado do governo federal. O modal surge com uma “redenção” para o escoamento da produção de grãos pelo sentido Pará, devido a estimativas com a queda do frete em relação às rodovias e ferrovias.
Yanai destacou que a economia com frete vai resultar em investimentos na região. “Hoje em uma conta muito simplista, há o preço da rodovia. Se a ferrovia for utilizada com inteligência […], deverá ter por baixo metade do preço do frete dela, mas aí a hidrovia será metade do da ferrovia, ou seja, ¼ do que gastamos hoje nas rodovias brasileiras”, explicou ao Só Notícias.
Com o potencial produtivo, o suplente frisou que a região merece mais atenção. “Iremos ajudar, dar nossa contribuição para que avancemos um pouco mais na hidrovia Teles Pires Tapajós, porque acreditamos que realmente ela seja a redenção da nossa região Norte. Nós, de Sinop e região, no início estávamos em um lugar distante do país para mandar os nossos produtos e agora passamos a ser o coração do Brasil. As coisas começam a partir de Sinop. Teremos uma facilidade para exportação e importação”.
Já um estudo de viabilidade da hidrovia, realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), constatou que os dois rios que dão nome à hidrovia e que cortam do Pará e Mato Grosso possuem boas condições de navegação. A capacidade de transporte sete milhões das 45 milhões de toneladas de grãos de soja e milho produzidos por Mato Grosso atualmente.
Estima-se pouco mais de R$ 6 bilhões em investimentos para tornar 1,8 mil quilômetros navegáveis.