Uma comissão formada por 30 servidores deve se reunir nesta sexta-feira, às 9h30, com o prefeito Juarez Costa, que deverá apresentar uma proposta formal de reposição salarial aos trabalhadores, bem como as demais reivindicações. O presidente do Sindicato dos Servidores, Adriano Perotti, tudo que for discutido na reunião será passado aos demais trabalhadores e eles em assembleia decidirão o rumo da greve que começou hoje. Pela manhã, conforme Só Notícias á informou, o prefeito propôs conversar com uma comissão de servidores. Mas o sindicato descartou alegando que, ano passado, a prefeitura “adotou mesma estratégia e não cumpriu o que havia proposto”. A direção queria que a reunião com Juarez fosse com todos os servidores que estavam em frente à prefeitura, mas não houve acordo. À tarde, o secretário de Governo, Ivanildo Vieira, conversou com diretores e foi definida reunião para amanhã.
Inicialmente, a prefeitura deve manter os 4,11% de reposição salarial oferecidos. O sindicato cobra 15% de aumento e reposição. O prefeito disse, ao Só Notícias, que a prefeitura não tem capacidade financeira para percentual maior. Os gastos com salários estão no limte estabelecido por lei que são de 51% da arrecadação mensal.
Também haverá uma reunião entre a assessoria jurídica da prefeitura e do sindicato para verificar a legalidade quais serviços onde 30% dos funcionários terão que trabalhar para atender o que manda a lei. Os serviços de saúde e a coleta de lixo, por exemplo, deverão trabalhar considerando este percentual. Dos oito caminhões apenas três estarão em atividade. Nas unidades de PSF (Programa Saúde da Família) um médico e um enfermeiro estarão atendendo.
Hoje foi o primeiro dia de manifestação em frente a prefeitura os servidores deixaram o local por volta das 17h30. Nesta sexta-feira de manhã, eles voltam a se concentrar em frente ao paço. De acordo com Adriano, mais pessoas devem estar aderindo. Ele calculou que aproximadamente 200 estiveram pela manhã no movimento. “À tarde, o número foi maior”, disse. Nas escolas municipais, o sindicato informa que cerca de 60% dos professionais aderiram. Em pelo menos 9 escolas os alunos não tiveram aulas.
A pauta de cobrança tem 11 itens incluindo plano de saúde, mudanças no plano de cargos, carreiras e salários, redução de carga horária dos servidores nas Secretarias de Educação e Cidades, pagamento de 13º e férias conforme a lei 254/93, creche para filhos de servidores, aquisição imediata de equipamentos de segurança para os funcionários, dentre outros.
A prefeitura tem cerca de 3 mil servidores e a folha é de R$ 6 milhões/mês
(Atualizada às 09:21h)
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