Os servidores municipais discutem, daqui a pouco, durante assembleia, em frente a prefeitura, se aceitam a proposta apresentada pelo prefeito Juarez Costa, sexta-feira à tarde, concedendo reposição salarial de 4,11% paga a partir de maio. A greve geral entra hoje no 5º dia. Para 1.382 funcionários (32 cargos) é oferecido aumento variando de 10,66% a 20,37%, a partir de setembro. Devido as restrições da lei eleitoral, a prefeitura tem que enviar os projetos logo para a câmara que deve votá-los até o dia 6 de abril.
O presidente do sindicato, Adriano Perotti, chegou agora há pouco, na prefeitura, e começou uma reunião com o departamento jurídico para discutir aspectos legais da proposta e prazos considerando que este ano há limitações devido a lei eleitoral. No final de semana, ele disse que a proposta não atende o que a categoria reivindica – 15% de aumento-reposição geral. “A prefeitura fez uma proposta diferenciada, mantendo apenas a inflação (reposição 4,11%) para todos os servidores e aumento real para outros. É difícil dizer que vai haver um acordo, exceto para aqueles que ganham menos e passariam a ganhar mais. Os demais ficarão descontentes. As outras reivindicações foram apenas apresentadas, sem mencionarem nenhuma data para que sejam cumpridas”, disse Adriano, ao Só Notícias.
Perotti também disse que há a possibilidade de uma parcela permanecer em greve. “O que for decidido será acatado por todos, mas há uma possibilidade de uma parcela que não foi contemplada com aumento querer permanecer em greve. Os professores, por exemplo, não terão avanço nenhum a não ser em 4,11%. Não se falou em redução da carga horária, não se falou em aumento real para eles e é uma categoria que não teve avanço nenhum feito nessa proposta do prefeito”, finalizou o presidente.
Conforme Só Notícias já informou, os funcionários que ganham R$ 566, por exemplo, passariam para aproximadamente R$ 681. Os que recebem R$ 610 ganhariam R$ 727. Os que recebem R$ 875 passariam para R$ 1.003. Nestas três faixas estão, por exemplo, os garis cozinheiras, atendentes em creches, agentes de inspeção sanitária, braçais, monitores de creches, auxiliares de enfermagem-laboratório, eletricistas, fiscais, motoristas, mecânicos, dentre outros. Para as demais reivindicações a prefeitura respondeu que, quanto ao plano de cargos e salários, estuda inserir novas categorias; que o plano de saúde é inviável devido ao alto custo; o cumprimento das normas de registros do Ministério do Trabalho está vinculado à implantação do PPRA previsto para abril; para pagamento de insalubridade/periculosidade foi formada comissão que “está trabalhando e se organizando” e que no último ano mais 115 servidores passaram a receber o benefício; A prefeitura também respondeu que, para redução de carga horária dos servidores da Educação e Cidade há benefício de 33% de hora/atividade e “está em andamento reformulação para todos os demais professores”.
A folha salarial da prefeitura hoje é de R$ 6 milhões para cerca de 3 mil servidores. A prefeitura aponta que gasta atualmente com pessoal 51% da arrecadação, esando no limite definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
(Atualizada às 09:03h)