O Sindicato Rural de Sinop, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso e Movimento Pró-logística realizam hoje, o encontro Diálogos Hidroviáveis, que debate soluções para melhorar. logística ligando Mato Grosso aos portos e também a viabilidade de hidrovias, como a do Arinos – Juruena e Tapajós, saindo do Nortão até o Pará para escoar grãos e madeira. A hidrovia é defendida pelo movimento pró-logística para fortalecer o transporte de produtos com menor impacto ambiental. Ela iniciaria no município de Porto dos Gaúchos (250 km de Sinop) até o porto em Santarém (PA) com extensão de aproximadamente 1,5 mil km.
Edeon Ferraz, diretor executivo do Movimento Pró-logística de Mato Grosso, declarou, ao Só Notícias, que há “expectativa da Arinos–Juruena e Tapajós, quando tivermos aprovado o projeto para estudar e aprovar e navegar”. Uma das primeiras medidas para viabilizar a hidrovia é fazer eclusas no rio para proporcionar que as balsas naveguem com grãos e demais produtos. O “investimento financeiro em cada eclusa vai custar em torno de R$ 1 bilhão”. “Estamos falando em torno de R$ 8 bilhões a serem feitos” no trajeto da futura hidrovia, mencionou o diretor.
“Quando estamos falando da hidrovia, vamos falar que o frete rodoviário seja R$ 100, o hidroviário se ele tiver na faixa dos 70% disso, está bom, e o hidroviário está R$ 35. É o transporte mais barato e ecológico que existe, por isso temos que trabalhar e incentivar o uso das hidrovias”, explicou.
O simpósio detalhou o “Fundo da Marinha Mercante e outras Formas de Financiamento para a Infraestrutura Hidroviária”, o “Corredor Logístico BR-163 X Hidrovia do Rio Tapajós”. Também são debatidas políticas públicas, uso múltiplo das águas, segurança de transportes de cargas e passageiros, oportunidades de financiamentos verdes, tecnologias e inovações do setor para segurança e governança, estratégias vocacionais por regiões hidrográficas e o desenvolvimento sustentável.
Pela manhã, houve debate com o tema “o contexto atual da Ferrogrão (ferrovia Sinop-Miritituba): desafios e perspectivas”, com Edeon Vaz, Carlos Alberto Nunes Batista, representando o Ministério da Agricultura e Pecuária e o presidente do Sindicato Rural de Sinop e vice-presidente da Aprosoja, Ilson Redivo. A ferrovia é planejada para ter mais de 930 km, de Sinop a Mirirituba, e há articulações para ser expandida a Sorriso e Lucas do Rio Verde. Os investimentos devem ser feitos pela iniciativa privada e governo e há ação judicial, movida por um partido, questionando os impactos nas terras indígenas no Pará devido o eixo da ferrovia ter proximidades das reservas. Não foi previsto quando devem ser concedidas as licenças de impactos ambientais pelos órgãos ambientais, que são consideradas vitais para iniciar a obra.
A noite deve ser abordada a “a importância da Atuação no Congresso Nacional da Frente Parlamentar Mista de Infraestrutura e Logística”.
O evento é no auditório do Sindicato Rural de Sinop. Participaram os prefeitos Roberto Dorner e Miguel Vaz (Lucas do Rio Verde), dirigentes de entidades, associações e lideranças empresariais.
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