Sinop recebe, no próximo dia 2, lideranças nacionais para fortalecer as articulações e serem feitas duas grandes obras no setor de logística para fortalecer o escoamento de soja, milho, madeira, carne e demais produtos das regiões Norte e Médio Norte do Estado: a Ferrogrão e a hidrovia Teles Pires-Tapajós.
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), abre o encontro, no Sindicato Rural, a partir das 8h, abordando os desafios estruturantes da infraestrutura para fortalecer as atuais e criar mais hidrovias para transporte de grãos, madeira e muitos outros produtos. Ele abordará o contexto atual da Ferrogrão, ferrovia que está sendo planejada, com investimentos da iniciativa privada e governo, de Sinop a Miritituba (930 km). O secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, está entre os debatedores. Pelo TCU passou, recentemente, a decisão inovadora liderada pelo governador Mauro Mendes com o Estado assumindo a gestão da BR-163 de Sinop ao Mato Grosso do Sul, com a saída da gestão da empresa Rota do Oeste. A corte liberou o governo estadual para assumir a concessão que deve ser concluída, no próximo mês e Estado iniciará a duplicação de Posto Gil a Sinop.
A viabilidade da hidrovia Teles Pires-Tapajós é um dos pontos centrais do encontro. Foram feitos estudos para viabilizar a hidrovia ‘partindo’ do município de Porto dos Gaúchos (250 km de Sinop) até o porto em Santarém (PA) para escoar parte da produção agrícola do Nortão e Médio Norte. A extensão é de aproximadamente 1,5 mil km. Também foi iniciado inventário, por parte de uma empresa de pesquisa energética do Ministério de Minas e Energia. No ministério da Infraestrutura foi apresentado, há cerca de 3 anos, pedido de viabilidade técnica, econômica e ambiental nos rios Arinos e Juruena.
Há anos que o movimento pró-logística busca viabilizar a hidrovia. O diretor Edeon Vaz defende que são fundamentais no rio Teles Pires, no trajeto da hidrovia, serem feitas as as eclusas (obra que permite as embarcações navegarem em locais onde há desníveis como barragem, quedas de água ou corredeiras). Um dos recentes estudos mencionava que, se o frete rodoviário for R$ 100 por tonelada, o ferroviário seria no máximo R$ 70/tonelada e o hidroviário R$ 30.
No simpósio em Sinop, dia 2, também será abordado o corredor da BR-163 x Hidrovia do Rio Tapajós, pelo presidente da concessionária Via Brasil (Sinop-Miritituba), Ricardo Barra e o debate será mediado pelo deputado catarinense Edinho Vez, da Frente Parlamentar Mista de Infraestrutura. Um dos debatedores será Rodrigo Português, coordenador geral de obras Aquaviárias do DNIT.
Dirigentes de entidades nacionais ligadas ao setor hidroviário, lideranças do agro e políticas também vão conhecer o fundo de Marinha Mercante e outras formas de financiamento para a infraestrutura hidroviária, que será apresentado por Dino Antunes, diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias do Ministério da Infraestrutura.
O encontro ‘diálogos hidroviáveis’ é organizado pela Aprosoja, movimento Pró-Logística e será no auditório do Sindicato Rural de Sinop, a partir das 8h. O governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, foram convidados. O presidente da Aprosoja, Fernando Cadore e o vice, Ilson Redivo farão o encerramento.
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