O secretário municipal de Saúde, Francisco Specian Júnior, disse que o município tem condições de assumir a gestão do Hospital Regional, após o prazo final da intervenção decretada pelo Estado. Ao Só Notícias, o gestor afirmou que “a unidade é a única em Mato Grosso gerida com 100% de recursos do Ministério da Saúde. Meu modo de pensar é que se o Estado estiver muito ‘apertado’, financeiramente, podemos assumir sim, com certeza”.
O secretário também ressaltou o “momento de parceria e diálogo (com novo governo). Não podemos retroagir, nem desestruturar. Temos que destacar as cirurgias que estão sendo feitas e a ampliação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs)”. Há dois anos, o prefeito Juarez Costa convenceu o Estado a assumir o comando da unidade para 'desafogar o caixa' da prefeitura considerando que pacientes de várias cidades da região vêm até Sinop em busca de atendimento. O então governador Silval Barbosa aceitou. Desde novembro, Juarez tentou ter de volta o 'comando' do hospital mas seu pedido não foi aceito. A tendência do novo governo e manter o comando da unidade.
Questionado sobre um possível retorno da administração da Organização Social (OS). que anteriormente administrava o hospital para comandá-lo novamente, Specian afirmou que prefere esperar o resultado de auditorias. “Ainda têm que ser apuradas muitas coisas. Dois anos sem acontecer nada, ficou comprovada a inércia. Algo não estava funcionando. Para ter ocorrido uma intervenção é porque algo ‘balizou’ o Estado a fazer isto. Mas, depois destas auditorias, cada um poderá fazer um comparativo de como estava antes e como está agora, e tirar suas próprias conclusões”.
Conforme Só Notícias já informou, o secretário estadual de Saúde, Marco Bertúlio, afirmou, esta semana, que pretende manter a intervenção por parte do governo do Estado no Hospital Regional de Sinop até o final do prazo, em junho. “Percebe-se uma melhora nos serviços ofertados. Isso é fundamental para decidir qual será a melhor gestão para o hospital”, observou.
Dados apresentados em uma reunião com o interventor apontam redução no número de liminares para a realização de procedimentos cirúrgicos no hospital e de internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em quase 100% desde que o governo fez a intervenção na unidade. Os dados finais serão apresentados nos próximos dias.
Ao tomar conhecimento dos indicadores, o secretário destacou que “as informações que chegam nos ajudam a construir alternativas para a gestão do hospital e uma delas que se apresenta é a própria gestão para o Estado deste serviço, que tem se mostrado positiva”.
No ambulatório já estão sendo atendidas dez especialidades: reumatologia, endocrinologia, cardiologia clínica e cirúrgica, hematopediatria, geriatria, cirurgia geral, ortopedia, nefrologia e infectologia. A cirurgia plástica reparadora e a cirurgia pediátrica estão em processo de implantação. As UTIs também já foram inauguradas.