A defasagem do efetivo da Polícia Militar para atender cidades da região Norte deve ser solucionada ainda este ano, com a realização concurso público para provimento de soldados. A garantia é do secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Diógenes Curado Filho, oficializada neste sábado em Sinop, onde realiza visitas aos principais órgãos de segurança.
De acordo com Curado, os trâmites para o processo vêm ocorrendo e até o final do segundo semestre do ano as provas sairão. Ele explicou que a carência no número de policiais é diagnosticada não apenas na maior cidade do Nortão, mas em Mato Grosso. “O concurso tem realização este ano, e está garantido”, declarou, ao Só Notícias. Enquanto novos servidores não são integrados ao quadro, alternativas vêm sendo buscadas, justifica o secretário.
“Estamos conversando com policiais, delegados, para que haja um esforço maior em melhorar a situação da segurança. Fora isto, um trabalho em cima do chamado Gabinete de Gestão Integrada, que é a união de vários órgãos, para modificarmos este panorama, que não é realidade somente desta cidade. Se não fizermos um esforço conjunto não mudaremos isto”, enfatiza.
Na maior cidade da região Norte, Diógenes Curado constatou as principais carências da segurança. O delegado da Polícia Federal, que assumiu a pasta este ano, visitou o sistema prisional, bases comunitária de polícia, entre outros locais. O principal problema diagnosticado, aponta ele, é a falta de estrutura. “A carência mesma aqui é de estrutura. Temos bases comunitárias que não têm estrutura. Vimos um centro integrado de polícia na mesma realidade. Será necessário viabilizar projetos”, diz.
Ainda de acordo com Filho, a partir da reunião deste sábado, com representantes do Judiciário, polícias Civil, Militar, Técnica, entre outros, deve ser formado um plano de ações, para nortear as direções a serem tomadas em cada segmento. “Vamos colocar que as políticas de segurança terão segurança. Conversar quais as promessas feitas, implementadas. Não cabe prometer e não cumprir. Temos que acabar com estas questões, pois não funcionam. Tirar as ações quanto a região”, encerra.
Lideranças políticas acompanharam a visitação. O vice-presidente da Assembléia Legislativa, disse que Curado “ficou assustado com a estrutura fragilizada, pequena em Sinop. Temos pouco mais de 100 policiais militares, quando precisaríamos mais de 250. A Polícia Civil nem precisamos falar, pois não tem estrutura nenhuma”, relata.