O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, defendeu na audiência feita pela Assembleia Legislativa, sexta-feira em Sinop, que a hidrovia Teles Pires/ Tapajós (ligando o Nortão ao Pará para escoar via porto a safra agrícola e produção madeireira) é um projeto de desenvolvimento do Estado que amplia o sistema intermodal de transporte e que possui grandes perspectivas. “Essa discussão foi necessária para acelerar o processo e o que depender do Governo do Estado para implantação da hidrovia iremos colaborar”, afirmou o secretário.
Na ocasião, Lacerda sugeriu uma reunião em Brasília com os Ministérios dos Transportes, de Minas e Energias, deputados estaduais e federais e demais representantes envolvidos com o objetivo de avançar nas emendas e recursos para construção da hidrovia, além de desenhar uma engenharia cronológica de implantação de eclusas nos rios Teles Pires, Tapajós e Juruena.
O secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso, Francisco Vuolo, ressaltou que a responsabilidade de construção e implantação da hidrovia é do Governo Federal, que apresentou interesse em colocar como prioridade a liberação dos recursos para estudo de viabilidade. “A discussão foi fundamental para oportunizar a construção de eclusas visando o transporte hidroviário. A hidrovia Teles Pires-Tapajós sairá de Sinop, passará por Alta Floresta e irá chegar até Santarém, com 1.576 km de extensão”, acrescentou.
Segundo Vuolo, a construção da hidrovia irá beneficiar a região pelo setor produtivo com o modelo de transporte hidroviário. “A hidrovia Teles Pires-Tapajós irá garantir um melhor escoamento da produção do Norte do Estado”, pontuou.
O secretário de Transporte e Pavimentação Urbana, Arnaldo Alves, destacou que a audiência levou à sociedade esclarecimentos sobre a viabilidade da hidrovia (eclusas e barragens). “A hidrovia irá aumentar a economia local, estadual e nacional. Além de ajudar no desenvolvimento do Estado e do país”, disse.
A audiência pública foi proposta pelos deputados Baiano Filho e Dilmar Dal Bosco.
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