O candidato ao governo de Mato Grosso, deputado estadual José Riva (PSD), faz campanha em Sinop e detalhou, agora há pouco, os mecanismos que pretende utilizar para combater a corrupção em seu governo, caso seja eleito. Ele, que visita a cidade pela segunda vez após oficializada a candidatura, destacou que o Ministério Público Estadual poderá instalar uma promotoria em seu gabinete e ainda nas secretarias estaduais para fiscalizar as medidas adotadas.
Riva destacou que o “Ministério Público vai ter um papel importante. Já disse que se quiser colocar uma promotoria dentro do gabinete do governador, vai poder. Também uma em cada secretaria de governo. Acho importante o controle e a partir do momento que se tem corrupção falta dinheiro na ponta”.
O candidato ainda ressaltou que não se sente constrangido em relação aos processos que responde na justiça, mais de 100. “Quero dizer que às vezes sou muito questionado sobre aos processos da Assembleia e enfrento isso sem o menor constrangimento, porque nessa eleição vou provar que não roubei, não desviei dinheiro. Pelo contrário, quem conheceu a Assembleia antes, sabe das transformações que fizemos”.
Riva afirmou que enquanto presidente da Assembleia (cargo do qual foi afastado em maio do ano passado, após denúncia do Ministério Público de improbidade administrativa, por suposto desvio de R$ 2,6 milhões, no caso de compra de serviço de uma gráfica), ações foram tomadas contra corrupção. “Só para se ter uma ideia, depois do episódio da Assembleia, que culminou naquela operação Arca de Noé, e que considero ser uma vítima, porque peguei o órgão daquele jeito e resolvi o problema, implementei instrumentos de controle que fortaleciam ainda mais o que existe”.
Ele exemplificou a lei de licitação. “Naquela época se fazia a licitação, a empresa chegava, entrava na concorrência e não precisava nem ter estabelecimento, era só ter material para fornecer. Hoje, tem que acompanhar obras, a Assembleia vai lá e fiscaliza, se não tiver conta bancária, não vende para o órgão”.
Na operação Arca de Noé, em 2004, a Polícia Federal apreendeu cheques da Assembleia que, conforme o Ministério Público Federal, seriam destinados à empresas fantasmas. Na mesma ação, o comendador João Arcanjo acabou sendo preso.
Riva, que teve registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral, com base na Lei Ficha Limpa, também destacou estar confiante na liberação pelo Tribunal Superior Eleitoral, onde está seu recurso.
A agenda de Riva ainda aponta que ele terá reuniões com comerciantes e empresários locais para apresentação de suas propostas. Às 14h, visitará empresas do município e, em seguida, viaja ao município de Pedra Preta.