O presidente Mauro Garcia (PMDB) recebeu esta tarde a promotora de Justiça, Audrey Thomaz Ility, na Câmara de Sinop. Ela veio em diligência verificar se os aparelhos de ar condicionados entregues pela ex-presidente Sinéia Abreu, há pouco mais de um mês, são os mesmos comprados em 2008. Mauro Garcia explicou que a promotora verificou o número de série de todos condicionadores para comparar com os números que ela tem. "A promotora anotou o número de série, a marca dos aparelhos e o local de fabricação. Ela vai levar os dados para cruzar com o que ela já tem", esclareceu.
O Ministério Público apura denúncia de suposto superfaturamento na compra de um lote de aparelhos feita na administração passada. Os aparelhos que tinham sido comprados e que no começo do ano não estavam em posse da Câmara, foram entregues há pouco mais de um mês na delegacia municipal.
A promotora aproveitou a visita para conhecer, informalmente, a construção da nova sede do Legislativo. Ela verificou a situação do piso, das paredes, da fundação e do telhado. "A promotora é nova em Sinop e quis ver in loco como está a obra", disse Mauro Garcia.
O presidente acrescentou que a visita da promotora é uma forma de mostrar a clareza do trabalho conduzido pela Mesa Diretora. "É importante porque precisamos ter um acompanhamento contínuo da construção. Estamos fazendo um trabalho às claras, sem nada para esconder, por isso fazemos questão da fiscalização. É bom que a promotora veja isso, afinal, foi a justiça que autorizou a retomada da construção", explicou, acrescentando que "também convidamos todos os vereadores para que acompanhem a obra de perto".
Mauro Garcia explicou que o acompanhamento dos trabalhos são feitos diariamente com fotos e filmagens. "No fim vamos fazer um grande relatório para mostrar passo a passo o que fizemos e deixar tudo muito claro para a população", disse.
A construção da nova sede estava paralisada desde o final de 2006 a pedido do Ministério Público, que suspeita de superfaturamento. No começo de 2009, o procurador jurídico da Câmara, Flávio Américo Vieira, iniciou um trabalho para mostrar à justiça que a construção parada gera prejuízos para o município. A justiça autorizou o recomeço dos trabalhos. Desde agosto os pedreiros estão na obra.
Mesmo com a liberação, as denúncias continuam sendo apuradas pela justiça.