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Sinop: professores em greve pedem apoio da câmara e presidente descarta trancar pauta

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Vereadores e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso se reuniram pra tratar das reivindicações que resultaram na greve nas escolas municipais que hoje completou 23 dias. O Sintep acusa a prefeitura de não manter diálogo para buscar acordo. “A única reunião que houve até hoje (com o Executivo) não precisava, poderia não ter acontecido, pois não se discutiu nada. Que diálogo é esse?”, indagou a presidente do Sintep, Sidnei Cardoso. “Na mesa dos nossos filhos está faltando comida. Eles não tem o que comer e nós também somos pais e mães. Estamos pedindo ajuda”, lamentou, referindo-se ao corte dos salários dos grevistas.

A sindicalista disse que a categoria não está radicalizando e quer apenas uma resposta para as duas reivindicações: implantação de 30 horas e equiparação salarial com os profissionais do Estado. “Não pode agora, mas pode quando? daqui dois, três, cinco anos?. Não estamos radicalizando, estamos apenas buscando o diálogo e queremos apenas uma resposta”, completou.

O pelo presidente da comissão de Educação da câmara, Júlio Dias (PT), que tem acompanhado todo processo de negociação, aponta que "o Sintep está agindo de forma organizada, em sintonia com a categoria. Estão fazendo sua parte”, reconheceu Júlio. “O que precisamos fazer é tentar fazer caminhar essa pauta que vem sendo discutida e não é de hoje”, emendou. Júlio é aliado do prefeito.

O presidente da Câmara Dalton Martini disse aos professores que reconhece a dificuldade enfrentada pelos profissionais, mas não pode parar com o trabalho legislativo, como chegou a ser sugerido pela categoria. “Não há como trancar a pauta, vai afetar todo o município. Se trancarmos a pauta toda a sociedade será prejudicada, para tudo, e aí não paga merenda, não paga os salários. Temos prazo para votação. É uma responsabilidade muito grande”, explicou.

Dalton assegurou aos professores que a Câmara irá tentar marcar uma reunião entre o prefeito Juarez Costa e todos os vereadores para discutir o assunto. “Aí vamos ver o que fazer, pois sem ouvir o lado dele não podemos dar nenhuma resposta para vocês”, respondeu aos sindicalistas. A informação é da assessoria da câmara.

Os professores já fizeram passeata, no primeiro dia de greve, com duras criticas ao prefeito Juarez Costa, e se concentram na frente da Secretaria de Educação esperando resposta às reivindicações. Também fizeram um boneco do prefeito e colocaram a placa 'traidor da educação'.

A paralisação teria adesão de aproximadamente 85% dos servidores. Uma parte voltou ao trabalho após o prefeito mandar descontas os dias não trabalhados. A decisão foi tomada mesmo antes da justiça decidir se a greve é legal ou não. A prefeitura acionou o Sintep e o judiciário ainda analisa a ação.

A rede municipal tem mais de 13 mil alunos.

 

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