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Sinop: presidente diz que CPI dos Aluguéis vai continuar; moradores ironizam investigação

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O presidente da câmara, vereador Mauro Garcia (PMDB), afirmou, ao Só Notícias, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com objetivo investigar os contratos de locação de imóveis na gestão do prefeito Juarez Costa (PMDB), vai continuar. Segundo ele, os vereadores Cláudio Santos (DEM) e Fernando Assunção (PSDB), que anunciaram o desligamento da comissão, na semana passada, ainda não oficializaram a renúncia. “Eu não tenho o poder de tirar ninguém. Nenhum dos dois renunciou, então, até onde sei, os trabalhos vão continuar”.

Garcia adiantou que uma reunião da comissão está marcada para, esta tarde, na câmara. Só Notícias tentou contato com o vereador Cláudio Santos, que, no entanto, estava com o celular desligado. Fernando Assunção estava em reunião. Eles saíram justificando que a permanência, na comissão, dos vereadores Ademir Bortoli (PROS) e Nevaldir Graf, o “Ticha” (PMDB), que foram ex-secretários de Governo e Administração, respectivamente, poderia ser mal interpretada. Segundo eles, ambos assinaturam vários contratos de locação (como tetemunhas) que serão apurados, o que, em tese significaria que ambos estariam “se investigando”.

Ontem à noite, um grupo de moradores levou cartazes ironizando a CPI dos Alugueis ao afirmar que provavelmente terminará em “pizza” (expressão utilizada quando algo, principalmente no campo político, permanece da forma como está). Cerca de 15 pessoas participaram do manifesto, que ocorreu durante fala de Mauro Garcia, que tentava explicar, justamente, que os vereadores de oposição não haviam oficializado a renúncia e que, portanto, as investigações continuariam.

Conforme Só Notícias já informou, a câmara instaurou a CPI na semana passada, durante sessão ordinária. O presidente Mauro Garcia decidiu pela instalação e definiu a composição nomeando os vereadores de oposição Assunção e Cláudio, e da base aliada do prefeito, Ticha, Fernando Brandão e Ademir Bortoli, para integrar o grupo. O requerimento para criar a CPI teve oito assinaturas – Wollgran Araujo (DEM), Assunção, Claudio, Hedvaldo Costa (PSB), Roger Schallenberger (PR), Dalton Martini (PP) Carlão (PSD) e Ticola (PMDB). De última hora, Ticola acabou retirando a assinatura. Nos bastidores, fala-se que seria por pressão do prefeito Juarez Costa.

A comissão terá 60 dias para concluir as investigações, podendo ser prorrogados por mais 30. Como em poucos dias começa o recesso, é provável que as convocações para depoimentos, de representantes da prefeitura ou locatários, inicie em fevereiro. Os autores do requerimento expuseram que a prefeitura gasta "cerca de R$ 427 mil por mês com prédios alugados e que alguns imóveis possuem indícios de superfaturamento, comparados com metros quadrados similares".

Um dos casos que a CPI vai apurar é de um imóvel que deveria abrigar, conforme o contrato, a Farmácia Regional 4, o posto de coleta do Laboratório Municipal e a unidade Programa de Saúde da Família (PSF) na rua João Pedro Moreira de Carvalho, bairro Menino Jesus. O imóvel mesmo fechado, custa R$ 22 mil mensais. Não está sendo usado há mais de 7 meses. O contrato foi assinado em março passado, com vigência de 12 meses, e, no total, a gestão do prefeito Juarez Costa teria pago ao locatário R$ 176 mil. Também deve ser apurado se o valor de mercado está dentro de realidade.

(Atualizada às 10h48)

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