O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a locação de imóveis pela prefeitura, vereador Fernando Brandão (SD), disse, ao Só Notícias, que os vereadores já receberam todos os contratos firmados pela atual administração. Esta tarde, os parlamentares municipais retomam as atividades e começam a analisar os documentos recebidos.
"Amanhã devemos iniciar o agendamento para ouvir todos os envolvidos nos contratos de locações. Provavelmente vamos precisar de mais 30 dias para concluímos as investigações. Estamos aguardando também o processo licitatório da câmara para contratação de um profissional que irá analisar esses contratos juntos com os membros da CPI".
Fazem parte da comissão os vereadores Ademir Bortoli (PROS), relator da comissão, Nevaldir Graf, o “Ticha” (PMDB), Fernando Assunção (PSDB) e Claudio Santos (DEM).
A CPI foi instaurada foi instaurada a pedido do vereador Wollgran Araújo (DEM), com requerimento assinado pelos parlamentares Fernando Assunção, Cláudio Santos, Hedvaldo Costa (PSB), Roger Schallenberger (PR), Dalton Martini (PP) Carlão (PSD) e Ticola (PMDB), que, de última hora, acabou retirando a assinatura.
Os autores do requerimento expuseram que a prefeitura gasta "cerca de R$ 427 mil por mês com prédios alugados e que alguns imóveis possuem indícios de superfaturamento, comparados com metros quadrados similares".
Um dos casos que a CPI vai apurar é de um imóvel que abriga, conforme o contrato, a Farmácia Regional 4, o posto de coleta do Laboratório Municipal e a unidade Programa de Saúde da Família (PSF) na rua João Pedro Moreira de Carvalho, bairro Menino Jesus. O imóvel, mesmo fechado, custou R$ 22 mil mensais. Ficou sem ser usado por mais de 7 meses e foi inaugurado somente no final do ano. O contrato foi assinado em março passado, com vigência de 12 meses, e, no total, a gestão do prefeito Juarez Costa teria pago ao locatário R$ 176 mil. Também deve ser apurado se o valor de mercado está dentro de realidade.