Ainda não foi definida a data que o prefeito Juarez Costa (PMDB) deve ir à câmara se manifestar a respeito da acusacão do empresário Júnior Mendonça, feita à Polícia Federal, sobre a suposta compra de sentença por R$ 500 mil, no primeiro mandato, para não ser cassado. A confirmação foi feita ao Só Notícias pelo secretário de Governo, Ademir Bortoli. “Não vejo motivo para ele se preocupar”, disse, questinado sobre o nome do gestor ter sido mencionado nas investigações da operação Ararath. O líder do chefe do Executivo, Mauro Garcia (PMDB), foi quem informou -semana passada- que iria à câmara, dependendo da agenda.
No início do mês, os vereadores de oposição sugeriram que o prefeito se afaste do cargo enquanto ocorrem as investigações da operação. Junior Mendonça confessou fazer e operar, em nome de sua empresa, empréstimos fradulentos, pagos com dinheiro público, cujo dinheiro era repassado para vários políticos e usados em pagamentos de diversas despesas, de convenções de publicidades em vários meios de comunicação, dentre outros.
Júnior depôs no dia 25 de fevereiro fez acusações contra Blairo Maggi, Silval Barbosa, Eder Moares, José Riva, vários deputados e prefeitos. Ele garantiu, ao depor para a Polícia Federal e Ministério Público Federal, ter emprestado R$ 500 mil para o ex-membro do TRE, Eduardo Jacob, que teria pedido o empréstimo a mando do governador Silval Barbosa para comprar sentença, do ex-presidente do TRE, Evandro Stabile, não cassar o prefeito de Sinop, Juarez Costa, que chegou a ter diploma eleitoral cassado, pela justiça sinopense, por corrupção eleitoral, no primeiro mandato (2009). O dinheiro teria sido entregue ao então presidente, desembargador Evandro Stábile.
Segundo o empresário, a decisão de pagar para que Juarez permanecesse no cargo partiu do próprio governador Silval Barbosa (PMDB), que é principal aliado na região Norte. Ainda na versão de Junior, o então juiz Eduardo Jacob teria lhe dito que Juarez estava temeroso em trazer o dinheiro de Sinop para Cuiabá. Junior diz que, então, sacou o dinheiro -em espécie- "e entregou nas mãos de Eduardo Jacob", na casa do ex-membro do TRE, recebendo um cheque datado para 60 dias com juros de 3%.