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Sinop: participação de vereadores ex-secretários em CPI dos Aluguéis é questionada

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Foi adiada a reunião, prevista para esta tarde, onde os cinco vereadores indicados para a Comissão Parlamentar de Inquérito, que vai investigar os contratos de locação de imóveis na gestão do prefeito Juarez Costa, escolheriam o presidente e relator. De acordo com Cláudio Santos (DEM) eles começaram a avaliar a participação dos vereadores Ademir Bortoli (Pros) e Nevaldir Graf, o “Ticha” (PMDB), que foram ex-secretários de Governo e Administração, recentemente. “A gente levantou a questão legal. Se não houver problemas, eles seguem acompanhando os trabalhos. Se não, outros vereadores devem ser escolhidos”, explicou, ao Só Notícias.

Em contrato de locação, Bortoli e Ticha assinaram como testemunhas. Na prática, se permanecerem na CPI, estariam investigando determinadas ações que eles próprio testemunharam. “A sociedade pede transparência. Uma CPI sempre começa desacreditada pela população. Então, no meu ponto de vista, fica um pouco constrangedor, sim”, disse Claudio.

Ticha afirmou, ao Só Notícias, que não pretende abrir mão da indicação de fazer parte da CPI e aguardará posicionamento do departamento jurídico da câmara. No entanto, reconheceu que o fato de ter comandado a Secretaria de Administração deve barrar sua participação na comissão. “Eu assinei como testemunha os contratos. Acredito que isso vai influenciar. Mas vou aguardar o parecer. Se for favorável, pretendo continuar”, adiantou.

Uma nova reunião que decidirá pela participação ou exclusão dos dois vereadores está agendada para amanhã, às 14h30. As escolhas do presidente e do relator deverão ser divulgadas após o encontro.

Conforme Só Notícias já informou, a câmara instaurou a CPI ontem, durante sessão ordinária. O presidente Mauro Garcia decidiu pela instalação e definiu a composição nomeando os vereadores de oposição Fernando Assunção (PSDB) e Cláudio Santos, e da base aliada do prefeito, Ticha, Fernando Brandão (SD) e Ademir Bortoli foram escolhidos para integrar o grupo.

O requerimento para criar a CPI teve oito assinaturas – Wollgran Araujo (DEM), Assunção, Claudio, Hedvaldo Costa (PSB), Roger Schalemberger (PR), Dalton Martini (PP) Carlão (PSD) e Ticola (PMDB). Mas, de última hora, Ticola acabou retirando a assinatura.

A comissão terá 60 dias para concluir as investigações, podendo ser prorrogados por mais 30. Como em dezembro começa o recesso, é provável que as convocações para depoimentos, de representantes da prefeitura ou locatários, inicie em fevereiro.

Os autores do requerimento expuseram que a prefeitura gasta "cerca de R$ 427 mil por mês com prédios alugados, gasto anual de R$ 5,1 milhões e que alguns imóveis possuem indícios de superfaturamento, comparados com metros quadrados similares".

Um dos casos que a CPI vai apurar é de um imóvel que deveria abrigar, conforme o contrato, a Farmácia Regional 4, o posto de coleta do Laboratório Municipal e a unidade Programa de Saúde da Família (PSF) na rua João Pedro Moreira de Carvalho, bairro Menino Jesus. O imóvel mesmo fechado, custa R$ 22 mil mensais. Não está sendo usado há mais de 7 meses. O contrato foi assinado em março passado, com vigência de 12 meses, e, no total, a gestão do prefeito Juarez Costa teria pago ao locatário R$ 176 mil. Também deve ser apurado se o valor de mercado está dentro de realidade.

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