A liberação dos R$ 10 milhões, que haviam sido prometidos, para comprar equipamentos e tentar colocar o hospital municipal de Sinop em funcionamento vai depender da articulação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em conseguir colocar o recurso no orçamento da União para o próximo ano. Ou seja, na prática o ministério não tem o recurso que prometeu anteriormente (primeiro semestre) e agora empurra a possível solução para o orçamento federal de 2011.
O prefeito Juarez Costa (PMDB) esteve, em Brasília, esta tarde, reunido com o ministro, para cobrar a liberação da verba e saiu de mãos vazias. Uma nova rodada de reunião está marcada para daqui duas semanas quando após ser feita análise no orçamento atual do ministério.
A segunda alternativa, uma espécie de “plano B”, cogitada durante a reunião, que teve a presença de parlamentares federais do Estado, seria a destinação de emendas parlamentares para o hospital. Os deputados federais Homero Pereira (PR) e Carlos Bezerra (PMDB), juntamente com a senadora Serys Slhessarenko (PT), se comprometeram a destinar R$ 13 milhões de suas emendas somadas para a unidade hospitalar, caso o ministro não consiga garantir o recurso via orçamento. Mas seria para 2011.
“O ministro nos garantiu que irá tentar conseguir o recurso pelo orçamento federal. Caso isso não seja possível, os deputados Homero, Bezerra e senadora Serys se comprometeram a destinar o recurso de suas emendas para que possamos colocar o hospital municipal em funcionamento”, explicou Juarez, ao Só Notícias.
Conforme Só Notícias já informou, o problema se arrasta desde o primeiro semestre quando Juarez foi pedir apoio do ministro e recebeu a promessa que o dinheiro seria liberado antes do início da campanha eleitoral para que não houvesse risco de bloqueio da verba. Coisa que não aconteceu. Na prática, são mais 6 meses de atraso para o hospital abrir as portas. Laudo técnico de uma equipe do ministério aponta que a estrutura física do hospital está pronta desde dezembro de 2008.
A justiça concedeu prazo para a prefeitura, que vence agora em dezembro, para o hospital entrar em funcionamento. O Ministério Público já fez diversas cobranças com o mesmo objetivo. O hospital tem mais de 70 leitos, incluindo unidades para UTI adulta e infantil.