O ministro de Assuntos Estratégicos e também coordenador do Programa Amazônia Sustentável (PAS), Mangabeira Unger, apresentou nesta quinta-feira, em Sinop, para lideranças políticas de 47 municípios, as ações que serão implementadas nesta segunda etapa do programa. No encontro com o governador Blairo Maggi, o presidente do DNIT Luis Antônio Pagot, deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores, entre outros, o estrategista frisou que importantes vertentes foram identificadas na etapa inicial, entre elas necessidade de promover – de forma urgente – a regularização fundiária.
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Segundo Mangabeira, quatro temas principais serão colocados em prática nesta nova etapa. “O primeiro é a regularização ambiental, o segundo é o soerguimento do extrativismo madeireiro, o terceiro a recuperação de áreas degradadas e o quarto tirar a Amazônia de seu isolamento”, declarou o ministro, em entrevista a Só Notícias.
Às lideranças, Mangabeira explicou cada um dos tópicos, enfatizando a necessidade de um planejamento a médio e longo prazos. “Agora, vem ao centro os quatro temas. Na regularização ambiental, precisamos tirar a população da Amazônia da ilegalidade em que ela foi jogada, permitindo a construção de reservas compensatórias quando não for possível organizá-las nos lugares originalmente previstas”, enfatizou o ministro.
“No segundo, é o levantamento do extrativismo madeireiro e não-madeireiro, para ser uma atividade eficiente, de grande escala, séria. A Amazônia não será salva pela polícia, mas por alternativas. O terceiro tema é a recuperação de áreas degradadas, como porta de entrada para o novo modelo agropastoril. Podemos dobrar a área sob cultivo e triplicar nosso produto agrícola sem tocar uma única árvore. O quarto tema é tirar a Amazônia de seu isolamento. Sobretudo por ela em comunhão consigo mesma”, defendeu o ministro.
Defensor da política ‘aliar desenvolvimento com sustentabilidade, o representante do Governo Federal defendeu em Sinop a adoção de políticas específicas para a região amazônica como forma de promover o combate ao desmatamento. “A maneira de preservá-la é construir um modelo consequente de desenvolvimento sustentável. O que queremos em nosso país é uma forma sustentável e prudente ao mesmo tempo. A Amazônia não é um monte de árvore, mas um grupo de 25 milhões de habitantes. Se eles não tiverem alternativas compatíveis com a preservação do bioma, serão levados a atividades que resultem em devastação”, citou o ministro.
“Agora que está encaminhada a regularização fundiária e que começa a ser encaminhada a ambiental, será organizar o extrativismo madeireiro e não-madeireiro. O que tem acontecido é que as atividades resultantes em desmatamento são eficientes. As sustentáveis, conduzidas pelas populações, ineficientes, porque ocorrem em pequena escala. A única força que resguarda o ruim do bom é a polícia. O futuro está em uma revolução e tem que ser precedida pelas regularizações”, citou.
Mangabeira Unger argumentou ainda que as ações implementadas pelo PAS tem permitido a condições para acabar com o caos fundiário da região amazônica.
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